A imposição de novas tarifas à indústria automobilística canadense, como ameaça o presidente Donald Trump, teria consequências “devastadoras” no Canadá e nos Estados Unidos – onde provocaria muitas demissões – afirmou nesta terça-feira (11) o primeiro-ministro Justin Trudeau.

“Sabemos que se o presidente continuar com suas tarifas punitivas sobre os carros, como ameaçou, será devastador, obviamente, para a indústria automobilística canadense, mas também será devastador para a indústria americana, (porque) poderia causar demissões em massa”, disse ele.

O Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), assinado em 1994 por EUA, Canadá e México, começou a ser renegociado há mais de um ano. No fim de agosto, os governos mexicano e americano alcançaram um acordo, mas Ottawa e Washington não conseguem superar alguns pontos-chave.

“Estivemos muito, muito firmes na necessidade de coisas como o Capítulo 19 (mecanismo de solução de controvérsias) (…), que proteja nossa isenção cultural e muitos outros assuntos, como nossos produtores de laticínios e a gestão da oferta” agrícola, disse Trudeau em uma rádio de Winnipeg.

“Mas também há coisas em que tentamos ser flexíveis porque está na hora de atualizar este acordo depois de 25 anos. E vamos continuar trabalhando construtivamente em um acordo bom para os dois, que sabemos que é possível”, acrescentou o primeiro-ministro.

Trudeau fez as declarações no mesmo dia em que sua ministra das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, retoma as negociações em Washington com o representante de Trump para modernizar o Nafta.

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