Tarcísio tem papel importante como governador para nos dar palanque forte, diz Flávio Bolsonaro

O pré-candidato à Presidência da República e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 11, que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o escolheu como sucessor porque “pessoas estavam batendo cabeça” e elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo ele, o chefe do Executivo paulista vai garantir “palanque forte” para a sua candidatura presidencial.

“O Tarcísio tem um papel muito importante como candidato a governador de São Paulo para nos dar um palanque forte, um governo bem avaliado, um cara que é referência moral, técnica, de resultado, de administração”, disse Flávio. “Na campanha de 2022, o Bolsonaro teve 5% a mais de votos do que o Lula em São Paulo. E a gente não tinha um palanque forte como o Tarcísio, que a gente vai ter em 2026.”

A declaração foi dada em conversa com influenciadores do canal do YouTube “Irmãos Dias”. Ele relatou que, segundo seu pai, a candidatura precisava ser dele e precisava ser anunciada imediatamente, porque o campo da direita carecia de alinhamento e de um norte claro. Contou que, na visão dele, a entrada de seu nome na disputa começou a organizar esse campo e animou a militância bolsonarista.

Flávio também disse que a primeira pessoa com quem conversou após a decisão do pai foi justamente Tarcísio, alguém com quem ele diz sempre manter diálogos francos. Afirmou ter ido ao Palácio dos Bandeirantes para explicar a situação e que a reação recebida foi semelhante à que ele próprio teria se Bolsonaro o escolhesse como candidato: um gesto de apoio imediato, de “tamo junto”, com disposição para seguir em frente.

“Pensando na eleição nacional, em todos os Estados do Brasil, essa configuração acaba trazendo uma força inicial muito grande pra gente, maior do que nós tínhamos em 2018 e 2022”, continuou. “As pessoas me olham, já sabem qual é a minha linha, qual é a minha atuação.”

Ele afirmou que o ex-presidente, que considera inocente, está “num cativeiro” e que a família busca alternativas para tirá-lo dessa situação. Disse ser muito difícil ver o próprio pai – alguém que descreve como um “cara de verdade”, patriota, sem escândalos de corrupção e que, segundo ele, entregou o País melhor do que recebeu – sendo tratado dessa forma por vingança ou capricho de quem não gosta dele.

Alegou ainda que Bolsonaro nunca representou ameaça à democracia ou a qualquer instituição, e que sempre governou pedindo paz. Comentou que essas conversas já aconteciam antes de o ex-presidente chegar à condição atual – Bolsonaro está preso em Brasília cumprindo pena decorrente dos crimes da trama golpista – e citou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como “mais um perseguido político”, atualmente nos Estados Unidos.

Flávio anunciou na última sexta-feira, 5, a intenção de concorrer à Presidência em 2026. Ele afirma ter o apoio do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e agora busca o apoio de partidos de centro.

Na última segunda, Flávio reuniu os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, para pedir endosso a seu nome. As siglas ficaram de consultar bancadas estaduais antes de decidir. Integrantes das siglas resistem ao nome de Flávio e têm o interesse de lançar um candidato mais ao centro no ano que vem, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do Paraná, Ratinho Jr.