Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Tarcísio de Freitas e a ‘alma de Centrão’ de um dos filhos de Bolsonaro

Filhos de Bolsonaro mantêm discurso de que o pai é o candidato da direita, mas um deles é visto no entorno de Tarcísio como um potencial aliado

Tarcísio de Freitas abraça Bolsonaro: governador de São Paulo foi ministro do ex-presidente
Tarcísio de Freitas abraça Bolsonaro: governador de São Paulo foi ministro do ex-presidente Foto: Alan Santos/PR

Enquanto o Centrão pressiona para que Tarcísio de Freitas seja ungido candidato à Presidência em 2026, os três filhos políticos de Jair Bolsonaro mantêm o discurso de que o pai é o candidato, apesar da inelegibilidade declarada pelo TSE e da imensa chance de Bolsonaro ser condenado e preso pelo STF.

Eduardo e Carlos Bolsonaro, os dois notoriamente mais irascíveis e barulhentos, são abertamente refratários a Tarcísio. O primeiro tem feito críticas públicas a ele nos últimos meses — e em privado ainda mais, como mostraram mensagens apreendidas pela PF. O segundo já chegou a chamar de “ratos” os governadores de centro-direita cotados à corrida presidencial de 2026.

No entorno de Tarcísio, no entanto, um dos filhos de Bolsonaro é visto como mais permeável à candidatura do governador no lugar de Bolsonaro: Flávio. Conhecido por um traquejo político que falta aos irmãos mais novos, o senador é classificado amistosamente por um importante aliado de Tarcísio — membro do Centrão, diga-se — como portador de uma “alma de Centrão”. Nessa condição, Flávio é avaliado como um potencial aliado dentro do clã Bolsonaro.

Na terça-feira, 2, Flávio Bolsonaro fez elogios a Tarcísio de Freitas por ter “entrado de cabeça” nas articulações em Brasília pela anistia e o chamou de “um dos maiores ativos que nós temos na direita”.