O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou uma morte por bebida adulterada com metanol. A declaração ocorreu durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, nesta terça-feira, 30.
+ Bebidas adulteradas: PF investiga casos de intoxicação por metanol
Ainda de acordo com o governador, outras quatro mortes seguem em investigação. Ao todo, o estado paulista registra 22 casos — 15 em investigação e 7 confirmados.
O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Eleuses Paiva, esclareceu que a morte confirmada ocorreu na capital paulista, e a primeira notificação de caso suspeito de intoxicação foi em 1º de setembro, mas o paciente consumiu a bebida alcoólica adulterada no dia 28 de agosto.
De acordo com o governador, nos últimos dias, a Polícia Civil apreendeu 50 mil garrafas de bebida com suspeita de adulteração e 15 milhões com selos falsificados.
“Há de fato um problema estrutural que não é só do estado de SP, é do Brasil. Temos que pensar em como fazer a fiscalização e diminuir a incidência dessas bebidas adulteradas, clandestinas”, emendou.
Tarcísio afirmou que houve a interdição cautelar dos estabelecimentos onde houve notificação de consumo de bebidas intoxicadas. A lista dos comércios ainda não foi divulgada pela administração governamental.
Governador descarta envolvimento do PCC
O governador ainda explicou que há inquéritos em aberto para investigar os casos e que não existem evidências de que haja qualquer envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital).
“As investigações em aberto estão chegando a pessoas que estão trabalhando com a adulteração nessas destilarias clandestinas. São pessoas que não têm relação com o crime organizado, são pessoas que fraudam bebidas rotineiramente”, pontuou.
PF apura casos
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar os casos de adulteração de bebidas alcoólicas por metanol.
Segundo o ministro, os policiais atuarão para “verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição”. “No momento, as ocorrências estão concentradas em São Paulo, mas tudo indica que há uma distribuição para além do estado“, concluiu Lewandowski.
A contaminação por metanol foi identificada em vodka, gin e whisky, ainda conforme o ministro.