O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comemorou nesta quinta-feira, 16, a prisão do suspeito de atirar no empresário Antônio Vinicius Gritzbach, delator ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Começamos o dia com passo importante para solucionar de vez a execução de Vinícius Gritzbach. Operação Prodotes, deflagradas pela corregedoria da PM, com 15 mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, já prendeu 14 criminosos. Entre eles, um dos atiradores deste crime, que é também policial militar”, escreveu o governador.
“As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei”, comentou Tarcísio.
Prisão de PMs
A Operação Prodotes da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo cumpriu 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), um dos alvos da seria o autor dos disparos que matou o delator, no dia 8 de novembro no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. O suspeito é um cabo da ativa da PM.
Durante sua delação premiada ao MPSP (Ministério Público de São Paulo), Gritzbach, que atuava no ramo imobiliário e era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro e em um duplo homicídio, entregou nomes de pessoas ligadas à facção criminosa e ainda acusou policiais de corrupção e de fazerem lavagem de dinheiro para o PCC.
Os policiais delatados pelo empresário foram acusados de cobrar propina para tirar o nome dele de um inquérito sobre a morte do narcotraficante Anselmo Becheli Santa Fausto, conhecido como ‘Cara Preta’ e do motorista Antônio Carona Neto, em dezembro de 2021.
O empresário passou a receber ameaças de morte e o MPSP chegou a oferecer incluí-lo no programa de proteção à testemunha, mas Gritzbach recusou e contratou policiais para fazerem sua segurança particular.
No dia 8 de novembro de 2024, Antônio Vinícius foi executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, quando retornava de uma viagem a Alagoas com a namorada. Ele trazia uma mala com joias no valor de R$ 1 milhão. Os itens não foram roubados.
Após a execução, os oitos policiais militares contratados para fazerem a escolta particular do empresário foram afastados de suas funções. De acordo com a SSP, foi descoberto que esses agentes “tinha envolvimento com lavagem de dinheiro e duplo homicídio”.
Investigações feitas pela Corregedoria da PM apontaram que agentes supostamente integravam uma rede de proteção do PCC e passavam informações para que os criminosos pudessem se antecipar às ações policiais. Por meio disso, a corporação chegou a um dos suspeitos de executar Gritzbach.