Um incêndio afetou três tanques de armazenamento de petróleo em uma instalação da estatal venezuelana PDVSA na Faixa do Orinoco – informou o governo nesta quinta-feira (14), atribuindo o fato a uma “ação terrorista” dos Estados Unidos.

A deflagração aconteceu na quarta à tarde em Petro San Félix (estado Anzoátegui, ao norte), disse o ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, general Manuel Quevedo.

“Foi uma ação terrorista que denunciamos em nível internacional”, declarou o oficial à emissora pública VTV.

Quevedo culpou, em particular, o senador republicano americano Marco Rubio, considerado um dos artífices da estratégia dos Estados Unidos para tirar do poder o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

“@MarcoRubio ordenou mais violência na Venezuela. A direita e sua marionete @jguaido aumentaram as incursões terroristas contra a PDVSA. Atacaram os Tanques de Armazenamento de Petro San Félix para afetar a produção petroleira. Entreguistas”, disse o o general no Twitter.

O ministro se referia ao líder de oposição Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países liderados pelos Estados Unidos.

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Quevedo não relatou feridos pela deflagração, que acontece uma semana depois do início de um apagão que afetou por dias 22 dos 23 estados do país, além de Caracas.

Maduro atribuiu o corte de energia a “ataques cibernéticos e eletromagnéticos” do Pentágono e ao Comando Sul americano.

A Faixa do Orinoco abriga as maiores reservas de petróleo do mundo.

“Os EUA decidiram, também, despojar a Venezuela de seus recursos petroleiros em troca de apoiar @jguaido com violência. Os gringos não querem intercâmbio econômico. Pediram os campos de petróleo em propriedade. Sentem desprezo pelos venezuelanos”, afirmou Quevedo.

O deputado opositor por Anzoátegui José Brito garantiu que o incêndio produziu várias explosões e que as chamas foram sufocadas pelos bombeiros. Em sua conta no Twitter, publicou fotos de tanques em chamas e emitindo grandes colunas de fumaça.

Brito denunciou que as bombas contra incêndio da instalação “estão há dois anos danificadas” e que “não havia espuma especial para controlar o fogo”. Durante a emergência, acrescentou, ladrões roubaram a bateria do caminhão dos bombeiros.

Vários incêndios e pequenas explosões foram registrados nos últimos anos em plantas da PDVSA. Os adversários de Maduro atribuem à falta de manutenção e de investimentos e à corrupção.

A produção de cru da Venezuela caiu de 3,2 milhões de barris diários em 2008 para cerca de um milhão.


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