Um atleta civil “deixa o calor falar por ele”, enquanto o militar “pensa um pouco mais ante de tomar uma atitude que possa prejudicar”, opina em entrevista à AFP Tamires Morena, pivô da seleção feminina de handebol e membro da Força Aérea Brasileira (FAB).

-Qual é a principal diferença entre um atleta militar e um civil?

“Não existe diferença. A única diferença é que um atleta militar, quando vai jogar no seu clube, não precisa ter todo o padrão militar. A gente sé precisa jogar conforme o clube exige. Quando a gente está no militarismo, a gente precisa estar a postos o tempo todo, no momento certo. Mas a gente não pode faltar respeito, tanto no clube quanto dentro do padrão militar. O militarismo é bem parecido com o handebol, dentro e fora do clube”.

-A disciplina militar ajuda no esporte?

A gente pensa umas três, quatro vezes antes de fazer alguma coisa. A atleta comum pensa umas duas vezes, deixa o calor falar por ele. O militar pensa um pouco mais ante de tomar uma atitude que pode prejudicar”.

-Qual é a vantagem da estrutura proporcionada pela FAB?

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“Está sendo muito bom. Eu estou podendo fazer treinamento aqui na FAB. A estrutura, todo apoio que eles estão podendo me oferecer está sendo essencial para minha preparação para as Olimpíadas”.

-Como você define sua trajetória com a seleção?

O Brasil foi campeão mundial em 2013, mas quebrei a mão e não pude estar no Mundial. Mesmo assim, para mim, foi maravilhoso: todo atleta precisa passar por essas situações porque só me fortaleceu e graças a Deus eu hoje estou aqui podendo representar o Brasil nas Olimpíadas”.

-Como é ser treinada por um técnico dinamarquês (Morten Soubak)?

“Ele é bem brasileiro (risos). O Morten tem o nosso respeito, é bem importante. Ele é o nosso brigadeiro do ar. Ele exige muito, dá os gritos dele e a gente tem que andar na linha”.

-Qual é a meta do handebol feminino nessa Olimpíada?

“É o ouro, não tem conversa. É a medalha que falta para o handebol brasileiro”.

Declarações colhidas por Yann BERNAL


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