Por Charlotte Greenfield
ISLAMABAD (Reuters) – O governo do AfeganistĆ£o, controlado pelo Taliban, publicou um decreto sobre os direitos das mulheres nesta sexta-feira que disse que elas nĆ£o deveriam ser consideradas “propriedades” e precisam consentir para se casar, mas nĆ£o mencionou o acesso feminino Ć educaĆ§Ć£o ou ao trabalho fora de casa.
O Taliban estĆ” sob pressĆ£o da comunidade internacional, que mantĆ©m a maioria dos fundos para o AfeganistĆ£o congelados, para se comprometer a respeitar os direitos das mulheres desde que assumiu o comando do paĆs no dia 15 de agosto.
“Uma mulher nĆ£o Ć© uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre; ninguĆ©m pode dĆ”-la a ninguĆ©m em troca de paz… ou para por fim Ć animosidade”, disse o decreto do grupo islĆ¢mico radical divulgado pelo porta-voz Zabihillah Muhajid.
Ele delineou as regras que determinam o casamento e a propriedade para as mulheres, dizendo que elas nĆ£o deveriam ser obrigadas a se casar e que viĆŗvas deveriam ter sua parcela da heranƧa do falecido marido.
Tribunais devem levar em conta as regras ao tomar decisƵes, e os ministĆ©rios dos Assuntos Religiosos e da InformaĆ§Ć£o devem proteger estes direitos, disse o decreto.
Mas o texto nĆ£o fez menĆ§Ć£o Ć possibilidade de as mulheres trabalharem ou ter acesso a instalaƧƵes fora de casa ou Ć educaĆ§Ć£o, que sĆ£o grandes preocupaƧƵes da comunidade internacional.