Banu Negar, uma policial afegã, teria sido espancada e morta a tiros na frente da sua família por integrantes do Talibã em Firozkoh no Afeganistão. De acordo com testemunhas, o crime foi cometido na casa da vítima.

Conforme apuração da BBC, cerca de três membros do grupo fundamentalista invadiram a casa da vítima amarraram todos e revistaram o local. Na sequência, a vítima, que estava grávida de oito meses, foi morta pelo trio.

Questionado sobre a autoria do crime, o Talibã negou qualquer envolvimento e ressaltou que está apurando o caso. Desde a nova escalada do grupo para retomar o controle do Afeganistão, seus integrantes estão pregando que sua ações estão mais moderadas. No entanto, alguns afegãos e principalmente afegãs demonstram grande preocupação com o grupo fundamentalista no comando do país.

Paralelamente, o grupo fundamentalista luta pelo controle do Vale do Panjshir, a única das 34 províncias afegãs que ainda não está sob seu comando. Tanto o Talibã quanto as forças de resistência afirmam ter o domínio da região, mas não apresentaram provas que endossem isso.

Panjshir é um conhecido reduto anti-Talibã desde a década de 1990, não tendo sido controlado pelos fundamentalistas da primeira vez em que estiveram no poder, entre 1996 e 2001, quando foram derrubado pela invasão americana nas semanas seguintes aos atentados de 11 de Setembro. À época, o grupo era acusado de dar abrigo ao terrorista Osama bin Laden, que só seria morto em 2011, no Paquistão.

“A príncipio, concordamos em resolver os problemas atuais e pôr um fim imediato à batalha e continuar as negociações”, afirmou.

“Para termos uma paz duradoura, estamos prontos a parar de lutar desde que o Talibã também pare seus ataques e movimentos militares em Panjshir e Andarab”, afirmou Ahmad Massoud, que faz parte da oposição ao Talibã, se referindo-se a um distrito na província vizinha de Baghlan.