ROMA, 5 DEZ (ANSA) – O Talibã emitiu um decreto sobre os direitos das mulheres, no qual afirma que elas não devem ser consideradas “propriedade” e devem consentir com o casamento.   

O documento divulgado na última sexta-feira (3), porém, não menciona o acesso feminino à educação ou trabalho fora de casa.   

“Uma mulher não é uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre; ninguém pode dá-la a ninguém em troca de paz ou para acabar com a animosidade”, disse o texto, divulgado pelo porta-voz Zabihillah Muhajid.   

O Talibã afirmou que “ninguém pode forçar uma mulher a se casar por coerção ou pressão” e declarou que viúvas agora são autorizadas a se casar novamente depois de 17 semanas da morte do marido e poderão escolher um novo companheiro livremente.   

A medida não estabeleceu uma idade mínima para o casamento, que antes era de 16 anos.   

O grupo fundamentalista islâmico está sob pressão da comunidade internacional para se comprometer com a defesa dos direitos das mulheres desde que assumiu o país em 15 de agosto, tendo em vista que, durante seu governo anterior (1996- 2001), proibiu as mulheres de saírem de casa sem um parente do sexo masculino, cobrindo o rosto e a cabeça e as meninas de receberem educação.   

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(ANSA)


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