Tajani diz que políticas ambientais devem gerar ‘oportunidades’

ROMA, 6 NOV (ANSA) – O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta quinta-feira (6), em Belém, no Pará, que as políticas ambientais “não devem representar uma restrição”, mas sim “uma oportunidade”.   

Em seu discurso na Cúpula dos Líderes, que antecede a COP30, o chanceler italiano destacou que a proteção do meio ambiente deve partir das “pessoas que estão no centro de todas as nossas ações para proteger a natureza”.   

“Saúde e prosperidade são a melhor defesa contra as mudanças climáticas, porque tornam nossas comunidades menos vulneráveis.   

A resposta exige políticas de crescimento, desenvolvimento e geração de empregos. As políticas ambientais não devem representar uma restrição, mas uma oportunidade”, declarou Tajani.   

O político acrescentou que Roma está comprometida em fazer sua parte para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius, além de mencionar que as fontes renováveis “já representam 50% da produção de eletricidade da Itália”.   

“Queremos disponibilizar a melhor expertise italiana em setores-chave como agricultura e recursos hídricos, mas também na indústria farmacêutica, que é crucial para a saúde das pessoas. A Itália está entre os países mais avançados no desenvolvimento de novas tecnologias espaciais voltadas à agricultura sustentável, com menor consumo de água e agrotóxicos”, acrescentou.   

Durante sua fala, Tajani confirmou que fechou com Brasil e Japão uma iniciativa para “quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis até 2035”. Além disso, o chanceler destacou o trabalho do país para a conclusão do pacto na União Europeia sobre a meta de redução de emissões até 2040.   

“É um acordo ambicioso, inspirado pela racionalidade e pelo equilíbrio. Nós o apoiamos por acreditarmos que abordagens ideológicas, que impõem metas insustentáveis e inatingíveis e acabam prejudicando o sistema econômico, industrial e social europeu, são desnecessárias”, concluiu. (ANSA).