FLORENÇA, 30 MAR (ANSA) – O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, defendeu neste domingo (30) que as mudanças na cidadania italiana foram aprovadas para evitar fraudes.
O Conselho dos Ministros, chefiado pela premiê Giorgia Meloni, aprovou um pacote de medidas para restringir a transmissão da cidadania por direito de sangue, o chamado “jus sanguinis”, notícia que caiu como uma bomba em comunidades de ítalo-descendentes no exterior.
“Queremos dizer basta às fraudes e a obrigar nossos consulados a lidar com cidadãos ou pessoas falsas que querem se tornar cidadãos italianos apenas para ter um passaporte, e não porque estão ligados à Itália. Não estamos dispostos a vender a cidadania, pois ser italiano é uma coisa séria”, disse o político em um evento em Florença.
Além de destacar que o decreto-lei foi aprovado de forma unânime, Tajani revelou que as autoridades locais revogaram recentemente a nacionalidade de cinco membros do Hezbollah que “encontraram descendentes falsos por meio de alguma agência”.
O decreto em questão impõe um limite geracional para a transmissão de cidadania por direito de sangue: daqui em diante, apenas quem tem um pai ou um avô nascido na Itália poderá obter a dupla nacionalidade. Apesar da entrada em vigor imediata, ele precisa ser aprovado pelo Parlamento em até 60 dias para se tornar definitivo. (ANSA).