Taís Araujo revela que demorou para se achar bonita ao comentar cena de ‘Vale Tudo’

Atriz reproduziu na novela o mesmo problema de autoestima que enfrentou na adolescência

Reprodução /TV Globo.
Taís Araujo na pele de Raquel Acioli, de 'Vale Tudo'. Foto: Reprodução /TV Globo.

Taís Araujo, 46 anos, comentou a cena em que sua personagem na novela “Vale Tudo” (TV Globo), Raquel Acioli, disse que não se achava bonita, e revelou que o mesmo aconteceu em sua vida pessoal. Na última quarta-feira, 16, ela relembrou sua adolescência e contou que tinha dificuldades de encontrar namorado.

“Mas eu nunca me achei bonita. Eu não gosto!”, disse a personagem, emocionada, em cena que foi ao ar na última segunda-feira, 14.

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A atriz repercutiu a fala e contou que muitos telespectadores se identificaram com o drama da cozinheira.

“Essa cena da Raquel dizendo que não se achava uma mulher bonita, é uma cena que me repercutiu muito, principalmente entre as pessoas pretas e nos sites pretos […] pessoas se identificando, pessoas falando: ‘nossa, eu demorei para me achar bonita’, ‘nossa, fui me achar bonita adulta’. Homens e mulheres, tá? A maioria esmagadora, pessoas pretas”, disse em um vídeo publicado no Instagram, na última quarta-feira, 16.

Tais refletiu sobre se reconhecer como uma pessoa bonita e disse que o olhar sobre beleza vai muito além do senso estético.

“Se reconhecer bonito não é só uma questão de beleza, tá, gente? A gente não tá falando de estética. Não é simples assim, não é tão simplório. A gente fala sobre se sentir pertencente e possível. E se sentir bonito é isso, é a autoestima, é você ter coragem de levantar da cama, sabe? Não é só a beleza estética. A parada é muito mais profunda”, analisou ela.

A atriz contou que ela também enfrentou problemas com sua autoestima quando era mais nova.

“Lembrei muito de mim. Eu também demorei muito pra me achar bonita. Eu, com 13 anos, adolescente, eu comecei a trabalhar como modelo. Então era o mundo da moda dando um carimbo. [Mesmo] eu fazendo capa de revista, no meu meio social – que era onde de fato importava – que era onde eu estava vivendo e queria me sentir pertencente, não [me sentia]. Ninguém queria me namorar”, relembrou.

“Depois a gente cresce também e fala assim, gente, como diz a Raquel: ‘bola para frente, bola pra frente’. Eu achei muito lindo todo mundo se identificar. O não pertencimento também é um lugar de encontro e também pode ser um lugar de fortalecimento”, concluiu.