A Tailândia se tornou o primeiro país asiático a eliminar a transmissão do vírus HIV de mãe para filho, informou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esta “é uma conquista notável” em um país onde vivem milhares de pessoas contaminadas pelo HIV, declarou Poonam Khetrapal Singh, encarregado da OMS para o sudeste asiático.

A organização informou que o procedimento de rotina implementado pela Tailândia para controlar as gestantes e medicar as mulheres infectadas foi essencial para impedir que o vírus fosse transmitido para as novas gerações.

Sem receber tratamento, uma mãe tem entre 15% e 45% de possibilidade de transmitir o vírus para o seu bebê durante a gravidez, no parto ou na amamentação.

Com os antirretrovirais, este risco cai para 1%.

Segundo o governo tailandês, desde 2000 o número de bebês nascidos com HIV diminuiu de 1.000 para 85, uma taxa baixa o suficiente para que a OMS declare que o país conseguiu eliminar o contágio materno-infantil.

Na década de 1990, a Tailândia passou de 100.000 casos de HIV para mais de um milhão em apenas três anos, uma epidemia que se propagou devido ao comércio sexual.

“O progresso que a Tailândia demonstra quanto se pode conseguir quando a ciência e a medicina são apoiadas por compromissos importantes em nível político”, declarou, em um comunicado, Michel Sidibe, diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (ONUaids).

A cada ano, 1,4 milhão de mulheres com HIV ficam grávidas no mundo. Em 2009, cerca de 400.000 crianças nasceram infectadas com o vírus, um número que diminuiu para 240.000 em 2013.

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