O golfe é um esporte em ascensão no Brasil. Estima-se que pouco mais 30 mil brasileiros se arrisquem nas tacadas, mas o cenário é promissor. Motivados por uma indústria que movimenta anualmente nos Estados Unidos 75 bilhões de dólares, novos empreendimentos vêm sendo construídos desde o início dos anos 2000. Atualmente há mais de uma centena deles no País. Alguns são verdadeiros oásis verdejantes inseridos em meio às belezas naturais do País.

Falésias multicoloridas do Terra vista impressionam e desafiam os golfistas (Crédito:Divulgação)

No topo da lista dos campos mais paradisíacos está o Terravista Golf Course, em Trancoso. Instalado em uma área privilegiada de frente para o mar da Bahia, tem sido um dos principais destinos dos golfistas em território nacional. Não é para menos. Ali, o jogo começa em uma área verde coberta pela Mata Atlântica e termina debruçado no mar, sobre falésias multicoloridas. “É, sem dúvida, um dos campos mais fascinantes do mundo”, afirma o jogador Henrique Fruet. Manter a concentração diante de tanta beleza é só um dos desafios enfrentados pelos golfistas. O outro é vencer a brisa inconstante, uma das principais características dos campos à beira-mar. “Vencer o buraco localizado sobre a falésia é missão para profissionais”, afirma Fruet.

Além da qualidade técnica e visual do campo, projetado pelo conceituado arquiteto americano Dan Blankenship, o resort baiano também oferece estrutura hoteleira a seus visitantes, com centenas de casas espaçosas e decoradas no melhor estilo despojado-chique. Elas também integram a paisagem estonteante do local. O turista-golfista pode – ou não – se hospedar em uma delas. Se preferir curtir o agito noturno do Quadrado, em Trancoso, tem a opção de apenas passar dia praticando golfe no Terravista. Outra atração disputadíssima é a semana Golfe e Música. No evento, que acontece em um teatro a céu aberto, é possível jogar golfe ouvindo música erudita e popular. A edição 2018 será de 2 a 10 de março. Se tiver interesse, melhor se apressar para não ficar de fora.

Outro destino que combina turismo e golfe na Bahia é o charmoso Comandatuba Ocean Course. O traçado de 18 buracos também é assinado pelo arquiteto americano e compõe a requintada infraestrutura construída pelo Hotel Transamérica, o primeiro resort de luxo do Brasil. Nos anos 1990, o hotel ganhou projeção nacional com um badalado torneio de tênis. Hoje, a estrutura suntuosa, com bangalôs bem decorados e pista para receber aviões particulares, está voltada para os golfistas, que buscam no traçado harmonioso do campo (contornado de um lado por coqueiros e, de outro, pelo mar azul) o cenário ideal para suas tacadas.

No ano passado, o seleto grupo ganhou novo integrante com a abertura oficial do Campo Olímpico do Rio. Com gestão privada, é o primeiro campo aberto ao público no País. Para utilizar, basta pagar a tarifa do green-fee (R$ 410,00). Construído para receber as competições que marcaram o retorno do golfe aos Jogos Olímpicos (112 anos depois), o traçado recebeu grama especial vinda do Texas e seguiu parâmetros ecológicos para recuperar parte da área degradada da reserva de Marapendi, na Barra da Tijuca. Hoje, além de um campo de características e dificuldades olímpicas, é também um bem-sucedido projeto de recuperação ambiental. Ao longo dos 18 buracos, placas alertam sobre a possibilidade de se deparar com algum animal da fauna local, que já soma 263 espécies – entre elas garças, capivaras, macacos, bichos-preguiça e até jacaré-de-papo-amarelo. O Campo Olímpico não oferece estrutura hoteleira, mas há um elegante lounge-restaurante pronto para atender os golfistas depois da longa partida.