A candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) disse nesta quarta-feira, 25, que descarta dialogar com Pablo Marçal (PRTB) em uma eventual ida ao segundo turno. Ela destacou que existe a intenção de buscar apoio apenas de quem “seja democrático”.

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“Vou atrás do apoio de todo mundo que seja gente, que seja democrático. Uma figura como Pablo Marçal, que nem deveria estar aqui [na disputa], eu não vou atrás, não. Alguém que está aqui só para tumultuar, para causar, que já foi condenado. Ele faz o show dele e ninguém consegue falar uma proposta. O apoio dele eu estou dispensando”, afirmou, em agenda de campanha na Praça da Árvore, na Zona Sul da capital paulista.

Indagada sobre o posicionamento da ministra Carmén Lúcia, presidente de TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a respeito da Polícia Federal, do Ministério Público Eleitoral e das autoridades eleitorais terem celeridade nas investigações de violências eleitorais, Tabata respondeu que a sociedade precisar estar preparada coletivamente para “lidar com um candidato como o Pablo Marçal”.

“Pós-eleições, a gente vai ter de entender quais regras precisamos mudar e que fiscalização vamos ter de fazer”, respondeu aos jornalistas.

Perda de paciência

A candidata ainda justificou o palavrão que soltou após o debate do Grupo Flow, que terminou na agressão do marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, por parte de um assessor de Pablo Marçal. Criticada pela imprensa, Tabata questionou por que sua indignação foi alvo de desaprovações, enquanto os concorrentes homens não sofrem reprimendas.

“Paciência tem limite, até a minha (…) Quando a gente faz a pesquisa durante o debate, de forma unânime as pessoas acham que eu sou a melhor candidata. Só que, no dia seguinte, elas veem a repercussão do debate, e a repercussão é a cadeirada, o soco, o xingamento. Brasil, né? Homem pode dar cadeirada, soco, e mulher não pode falar filha da p*? Vou falar. Se incomodar, vou falar duas vezes”, concluiu.

No episódio da agressão, Tabata desabafou:  “Sabe qual é a merda maior? Eu estava lá que nem uma filha da p* falando sobre as minhas propostas, fazendo um debate sério, e eu tenho certeza que amanhã só vão falar do soco. Não vão comparar as propostas. Eu tenho uma teoria, quase uma teoria da conspiração, de que colocaram o Pablo Marçal para que a gente não visse as merdas que estão acontecendo em São Paulo”.