RIO DE JANEIRO, 3 JUL (ANSA) – “A transição energética e digital será a força motriz do crescimento global pelos próximos 25 anos e, por este motivo, devemos participar ativamente deste processo. Só assim poderemos contribuir para o combate à fome e à desigualdade”.   

A declaração foi dada à ANSA pelo presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e ex-líder do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Pio Borges, à margem da Midterm Conference do T20 Brasil, no Rio de Janeiro.   

Guiado pelo objetivo de oferecer propostas pragmáticas, o grupo de estudos do G20, que reúne 121 think tanks, apresentou no Rio o documento com recomendações finais para os líderes do bloco.   

“As grandes prioridades são o clima, fundamental, e a transição energética”, que deve ser vista não apenas como uma necessidade ou “um fardo, mas como uma grande oportunidade a ser aproveitada, especialmente no Brasil”, destaca Borges, que organizou o evento com o Cebri e outros parceiros institucionais.   

Ao incluir “todos os países do G7 e do Brics”, o G20 “quer ser uma síntese entre a velha ordem mundial e a nova que está surgindo e quer ter voz e expressar opiniões sobre o que está acontecendo no mundo”, acrescentou.   

“A grande virtude do G20 é unir aquela ordem global mais importante do passado com a emergente”, afirma ele, lembrando que o Brics têm um PIB por paridade de poder de compra 20% superior ao do G7 e cresce 4,5% ao ano, contra 1,7% do grupo de sete potências.   

Para Borges, o Brasil tem “um papel fundamental como construtor de pontes entre o G7, ao qual pertence como modelo de cultura, e o grupo de países emergentes do qual faz parte” e que almeja um novo protagonismo. (ANSA).