A cantora americana SZA obteve, nesta sexta-feira (10), as maiores chances de arrebatar a 66ª edição do Grammy, liderando, com nove indicações, uma premiação dominada por ícones como Taylor Swift e Billie Eilish.

Olivia Rodrigo, Phoebe Bridgers e a popular banda feminina de rock Boygenius também são fortes candidatas aos prêmios para a cerimônia de 4 de fevereiro, na qual a trilha sonora do sucesso cinematográfico “Barbie” também deve ganhar destaque.

O popular produtor Jack Antonoff recebeu seis indicações por seu trabalho com Taylor Swift e a cantora e compositora Lana Del Rey, cujo álbum, “Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd”, rendeu-lhe várias indicações.

Concorrendo em diferentes categorias, SZA é uma das principais apostas de destaque na noite de gala. A cantora de R&B foi aclamada por suas histórias românticas no álbum de estreia “Ctrl” (2017) e voltou a dominar as paradas musicais com “SOS” (2022).

Phoebe Bridgers, integrante do Boygenius, formado por Julien Baker e Lucy Dacus, recebeu sete indicações, enquanto sua banda apareceu em seis categorias, tanto nas principais quanto nas de rock.

A já premiada Billie Eilish poderá ganhar seis estatuetas, graças ao seu trabalho no sucesso de Greta Gerwig, diretora de “Barbie”. A trilha sonora do filme, que também conta com Dua Lipa, obteve 11 indicações nas categorias principais e nas de mídias visuais.

Olivia Rodrigo, que já ganhou três Grammy, incluindo o de melhor artista revelação, obteve seis indicações e competirá pelos prêmios mais importantes da noite.

Swift, de 33 anos, foi indicada a “Álbum do Ano” com “Midnights”. Se ganhar, será sua quarta vitória na categoria – um recorde para ela, que já ocupa o topo da indústria musical.

Atualmente, a diva pop está empatada como maior vencedora da categoria de mais prestígio do Emmy com Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder.

– Mulheres no topo –

O cantor de jazz Jon Batiste é o único homem concorrendo à Gravação e Álbum do Ano, duas edições após dominar a premiação de 2022.

Em 2024, o artista americano acumulou seis indicações, mesmo número de Miley Cyrus e da cantora country Brandy Clark.

Já o renomado engenheiro de som Serban Ghenea, que mixou “Midnights” de Swift, foi indicado em sete categorias.

A estrela emergente do R&B Victoria Monet, que concorre à Gravação do ano e à Melhor Artista Revelação.

Especialistas da indústria musical também estimam que a rapper Ice Spice ganhará em alguma categoria, após um ano excepcional em que viralizou inúmeras vezes e colaborou com Swift.

E a futurista do pop Janelle Monae, por sua vez, recebeu sua segunda nomeação ao Álbum do Ano por “The Age of Pleasure”.

Rihanna obteve uma indicação pela canção que esteve na trilha sonora da sequência de “Pantera Negra”, mas é provável que a categoria de melhor canção escrita para meio visual vá para uma das quatro canções de “Barbie”.

Esse prêmio é para compositores, e inclui trilhas interpretadas por Eilish, Nicki Minaj e Ice Spice, Dua Lipa e Ryan Gosling, que interpreta o Ken no filme.

Os Rolling Stones foram indicados à melhor canção de rock por “Angry’, enquanto o Foo Fighters tenta levar para casa os prêmios da categoria de rock, onde o Boygenius também poderia ser levado em conta.

– “Boa música” –

O ano estrelado para as mulheres na música foi muito esperado por críticos da Academia Fonográfica dos EUA, instituição responsável pelo Grammy, que foi questionada durante muitos anos pelo predomínio de homens brancos postulantes à premiação.

“As mulheres tinham músicas muito boas: alguns dos melhores discos do ano e as melhores canções”, declarou Harvey Mason Jr., diretor-executivo da Academia, ao Los Angeles Times.

“E, obviamente, muitas delas comoveram nossos eleitores”.

A mudança de rumo ocorre enquanto os escândalos continuam nas fileiras da instituição.

Em 2019, Neil Portnow, ex-diretor da Academia, foi criticado por dizer que as mulheres deveriam “dar um passo a frente” para alcançar uma representação justa na indústria da música.

Na última quarta-feira (8), Portnow foi denunciado por uma artista que o acusou de tê-la drogado e estuprado em um quarto de hotel em Nova York, em 2018.

O processo também acusa a Academia de negligência, por ter protegido o ex-diretor e rejeitado seus relatos de abusos.

Tanto Portnow quanto a entidade negam as acusações.

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