Swatch retira anúncio após acusações de racismo na China

A empresa suíça de relógios Swatch pediu desculpas e retirou um anúncio publicitário que mostrava um modelo pesticando os cantos dos olhos, após acusações de racismo e pedidos de boicote nas redes sociais chinesas.

Em uma mensagem publicada no sábado no Instagram e na rede social chinesa Weibo, a Swatch reconheceu as “preocupações recentes sobre a representação de um modelo” na publicidade e anunciou a decisão de retirar a peça de veiculação.

“Pedimos sinceras desculpas por qualquer desconforto ou mal-entendido que possa ter causado”, escreveu a empresa.

Muitos chineses expressaram insatisfação com a resposta da empresa e insistiram nos pedidos de boicote às marcas do Grupo Swatch, que incluem Blancpain, Longines e Tissot.

Um usuário da rede social Weibo com mais de um milhão de seguidores acusou o grupo de “racismo contra os chineses” e exigiu uma punição.

Outras pessoas incentivaram os consumidores a boicotar a empresa.

A China é um dos maiores mercados do Grupo Swatch e a indústria de relógios enfrenta uma queda na demanda no país.

Em julho, o grupo anunciou uma queda de 11,2% nas vendas líquidas durante o primeiro semestre do ano, consequência da redução do consumo na China, Hong Kong e Macau, assim como nos mercados do sudeste asiático, que “dependem muito do turismo chinês”, segundo a empresa suíça.

A Swatch não é a primeira marca estrangeira acusada de racismo na China.

O grupo Dolce & Gabbana foi muito criticado em 2018 por vídeos promocionais que mostravam uma modelo chinesa usando ‘hashi’ de forma desajeitada para comer um prato de comida italiana.

Em 2023, a Dior provocou polêmica com um anúncio que também mostrava um modelo esticando o canto do olho.

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