A ucraniana Elina Svitolina entra em quadra para enfrentar a tcheca Marketa Vondrousova em uma das semifinais de Wimbledon nesta quinta-feira (13), mesmo dia em que a tunisiana Ons Jabeur, vice-campeã no ano passado, tentará superar a bielorrussa Aryna Sabalenka para voltar à final do tradicional torneio.

Svitolina, ex-número 3 do mundo e atualmente 76ª no ranking da WTA, voltou a competir há três meses, depois de ter se tornado mãe em outubro do ano passado.

A ucraniana de 28 anos também deixou claro que quer dedicar suas vitórias a seus compatriotas, assolados por uma guerra devastadora após a invasão da Rússia.

“Fico feliz em dar um pouco de alegria em suas vidas. Há muitos vídeos na internet com crianças assistindo aos jogos em seus telefones”, explicou.

Esta é terceira vez que Svitolina chega a uma semifinal de Grand Slam na carreira. Em 2019, ela foi semifinalista no próprio torneio de Wimbledon e do US Open, mas em ambos os casos não conseguiu avançar até a final.

Por sua vez, Vondrousova, número 42 do mundo, volta a uma semifinal de Grand Slam desde Roland Garros 2019.

Na grama de Wimbledon, ela eliminou quatro cabeças de chave, impulsionada pela frase que tem tatuada: “sem chuva não há flores”.

Bondrousova e Svitolina já se enfrentaram cinco vezes no circuito, com vitórias da tcheca de 24 anos nos últimos dois duelos, em 2020 e 2021.

Em 2023, Svitolina se tornou a sensação do torneio por sua determinação. Ela está jogando “com coragem”, reconheceu a número 1 do mundo, a polonesa Iga Swiatek, eliminada pela ucraniana nas quartas de final.

Mas por enquanto, ela não quer pensar em uma eventual final no sábado.

“Vocês estão loucos?”, respondeu aos jornalistas que perguntaram se ela poderia vencer o torneio este ano.

Svitolina prefere se concentrar apenas no jogo contra Vondrousova.

“Marketa é uma adversária muito difícil. Vai ser um desafio duro para mim. Por isso não quero me precipitar e pensar que talvez jogue uma final”, afirmou. “Este tipo de coisa distrai muito na parte mental”.

– Sabalenka e Jabeur sonham com título –

Se avançar à final, Svitolina poderá disputar o título com a bielorrussa Aryna Sabalenka, em um duelo politicamente muito simbólico, dado que Belarus é um grande aliado da Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Sabalenka, número 2 do mundo, chegou à semifinal no All England Club em 2021, quando perdeu para a tcheca Karolina Pliskova.

No ano passado, ela foi excluída de Wimbledon assim como todos os tenistas russos e bielorrussos, uma represália do governo do Reino Unido por conta da invasão à Ucrânia.

Em 2023, os representantes de ambos os países voltaram a ser aceitos no torneio, sob a condição de não representarem suas bandeiras e assinarem uma declaração de neutralidade quanto à guerra.

“Quando era pequena, sonhava em ser campeã de Wimbledon”, disse Sabalenka após derrotar a americana Madison Keys nas quartas de final.

Vencer no All England Club também é um sonho para Ons Jabeur.

No ano passado, ela deixou a quadra central com lágrimas nos olhos após perder a final para a cazaque Elena Rybakina, derrota que a impediu de se tornar a primeira tenista árabe e africana a levantar o troféu de Wimbledon.

Nesta quarta-feira, a tunisiana conseguiu sua revanche ao derrotar Rybakina em três sets muito tensos, graças a sua determinação, seu jogo de golpes variados e um melhor controle do aspecto mental.

“Fiquei com raiva e depois me acalmei, e agora espero controlar minhas emoções assim”, afirmou.

Jabeur também contou com o apoio do público e disse que espera ter o mesmo incentivo para encontrar meios de superar a grande potência física de Sabalenka, que se chegar à final se tornará a nova número 1 do mundo.

— Programação desta quinta-feira (13) em Wimbledon

– Simples feminino – Semifinais:

. Quadra central (09h30 – horário de Brasília)

Elina Svitolina (UCR) – Marketa Vondrousova (CZE)

Ons Jabeur (TUN) – Aryna Sabalenka (BLR)

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