Suspensão de operações da Voepass foi ‘acertada’, diz Ministério

Suspensão de operações da Voepass foi

O Ministério de Portos e Aeroportos classificou a decisão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de suspender as operações da Voepass como “acertada” e relatou ter acompanhado o processo que culminou na medida.

“A medida cautelar visa, de forma temporária, solicitar que a empresa aérea melhore sua governança e fortaleça ainda mais a segurança dos voos no país“, disse a pasta em nota divulgada nesta terça-feira, 11.

A interrupção das atividades da companhia, anunciada pela Anac nesta mesma data, tem efeito imediato e vigorará até que se “comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos”.

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Segundo a Anac, a Voepass não foi capaz de “solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela agência” e violou “condicionantes estabelecidas anteriormente para a continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos”.

A empresa está sob fiscalização do órgão desde que um dos aviões de sua frota caiu caiu sob um condomínio residencial em Vinhedo (SP), em agosto de 2024, matando todos os 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo. Foi o acidente aéreo mais grave em solo brasileiro desde o Voo Tam 3054, em julho de 2007, e o sexto pior da história da aviação no país.

Durante o processo de fiscalização, o órgão exigiu contrapartidas da companhia aérea. “No final de fevereiro de 2025, após nova rodada de auditorias, foi identificada a degradação da eficiência do sistema de gestão da empresa em relação às atividades monitoradas e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência”, relatou a Anac.

A Voepass disse em comunicado à imprensa que sua frota em operação “é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança”. A companhia também afirmou trabalhar para demonstrar sua capacidade de garantir os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora.