A Procuradoria chilena anunciou, nesta quinta-feira (14), a prisão de um suposto membro da temida gangue Tren de Aragua, envolvido no sequestro do ex-soldado dissidente venezuelano Ronald Ojeda, posteriormente assassinado em Santiago.
Ojeda, de 32 anos, foi sequestrado em 21 de fevereiro de 2024 por indivíduos que se passaram por policiais chilenos e o retiraram de seu apartamento na madrugada, quando vestia apenas roupas íntimas.
Nove dias depois, seu corpo foi encontrado dentro de uma mala que havia sido enterrada em uma comunidade de Santiago.
A Procuradoria chilena aponta para uma motivação política por trás do assassinato, mas evitou culpar diretamente o governo venezuelano.
“Já há 12 pessoas detidas em conexão com este caso”, explicou o ministro da Segurança, Luis Cordero.
A última pessoa presa, Alfredo Henríquez, cidadão venezuelano conhecido como “Gordo Alex”, é suspeito de participar do sequestro do ex-oficial militar, que estava no Chile como refugiado político.
Ojeda buscou refúgio no Chile depois de fugir de uma prisão venezuelana após ser acusado de conspiração.
Em suas redes sociais, o ex-militar se autodenominou “prisioneiro político”.
O promotor responsável pela investigação, Héctor Barros, disse a repórteres nesta quinta-feira que Henríquez é suspeito de ter participado “da fase de sequestro” de Ojeda.
Segundo a investigação, Henríquez deixou o Chile e retornou ilegalmente ao país para se juntar à cúpula do Tren de Aragua, uma organização de origem venezuelana que semeia o terror em vários países com seus sequestros, extorsões e assassinatos.
Em fevereiro, os Estados Unidos a incluíram em sua lista de organizações terroristas.
axl/ps/vel/atm/aa