A polícia francesa prendeu um suspeito, bem como seus pais e um amigo, pela explosão ocorrida na sexta-feira no centro da cidade de Lyon, que deixou 13 feridos – anunciou o ministro do Interior, Christophe Castaner, nesta segunda-feira (27).

“Um suspeito acaba de ser preso”, escreveu Castaner no Twitter.

Trata-se de um estudante de informática de nacionalidade argelina, de 24 anos de idade, sem antecedentes criminais, informou o prefeito de Lyon, Gérard Collomb.

A Procuradoria de Paris, responsável pela investigação de casos de terrorismo, suspeita que ele seja o suposto autor do atentado cometido na última sexta-feira.

Posteriormente, a Procuradoria anunciou a prisão da mãe do suspeito e de um estudante, maior de idade, também de nacionalidade argelina.

Horas depois, anunciou a detenção do pai do suspeito para interrogatório.

A irmã do suspeito também foi interrogada pela polícia, mas liberada, disseram as fontes.

A polícia estava à procura de um homem que foi filmado em uma bicicleta perto do local da explosão, vestindo uma camisa verde de manga comprida e bermuda clara, e carregando uma mochila.

Um artefato explosivo TATP (triperóxido de triacetona), com parafusos ou pregos dentro, foi deixado na frente de uma padaria na esquina de duas ruas de pedestres movimentadas do centro histórico de Lyon (sudeste) na sexta-feira, por volta das 17h30 (12h30 de Brasília).

As autoridades francesas, que encontraram traços de um DNA na bolsa contendo o pacote explosivo, investigam o ato como um possível atentado.

Treze pessoas – oito mulheres, uma menina de 10 anos e quatro homens – ficaram feridas, e 11 delas tiveram de ser levadas para o hospital.

O primeiro suspeito foi preso na rua, perto de seu domicílio. Agentes da polícia vigiavam o local, suspeitando da presença de explosivos no interior da residência.

Segundo Collomb, ele foi detido sem resistência quando descia de um ônibus e logo levantou os braços para os agentes.

A polícia relata que mais de 250 pessoas telefonaram nas últimas 24 horas para dar informações ligadas ao caso, depois do apelo lançado pelas autoridades por testemunhas.

O procurador de Paris, Remy Heitz, visitou o local do atentado na sexta-feira à noite com o ministro do Interior Christophe Castaner.

No sábado, havia dito que “todos os meios” tinham sido adotados para a rápida identificação e prisão do autor do crime.

O ataque, que por enquanto não é descrito como terrorista pelas autoridades, ocorreu pouco antes da realização das eleições europeias na França, no domingo.

O país viveu uma onda de ataques extremistas sem precedentes a partir de 2015, que provocou um total de 251 mortes. O último deixou cinco mortos e dez feridos em 11 de dezembro de 2018, em Estrasburgo (nordeste).

Desde então, o nível de alerta de segurança tem sido mantido em “Segurança Reforçada – Risco de atentado” em todo território, sinal de uma persistente ameaça terrorista aos olhos das autoridades.