O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira, 30, que um dos suspeitos de atirar no ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi morto durante um confronto com a polícia no Paraná.
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De acordo com o atual delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur José Dian, uma força-tarefa foi enviada ao Paraná para prender o suspeito, identificado como Umberto Alberto Gomes. Ele teria reagido e entrou em confronto com os agentes. “Ele foi neutralizado, houve a necessidade de neutralizá-lo para que os policiais saíssem bem”, afirmou o delegado.
“Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem”, escreveu Derrite nas redes sociais.
Um criminoso com passagens por roubo e organização criminosa foi identificado como possível atirador do assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes. Ele fugiu para o Paraná, mas equipes da Polícia Civil o localizaram. Ele resistiu à prisão. Graças a Deus, nossos policiais estão bem. pic.twitter.com/Zr4ngOCsl0
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) September 30, 2025
Investigações
Até o momento, quatro suspeitos já estão presos, incluindo Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar, homem apontado pelas investigações como um dos possíveis autores dos disparos que atingiram o ex-delegado, no dia 15 de setembro. A defesa dele não foi localizada.
Também estão presos Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, Dahesly Oliveira Pires e William Silva Marques. Outros três suspeitos foram identificados e estão com mandados de prisão expedidos pela Justiça. Eles estão foragidos e são procurados. A reportagem não localizou as defesas dos suspeitos.
O assassinato do secretário completou duas semanas na segunda-feira, 29. As investigações não chegaram ainda aos mandantes nem à motivação do crime. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, no entanto, diz ter certeza de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está por trás do caso.
“Não resta dúvida do envolvimento do PCC, principalmente pela participação do Mascherano (um dos foragidos). O crime organizado participou da execução”, afirmou Derrite em coletiva de imprensa realizada na última semana.
“A gente permanece com duas linhas de investigação sobre a motivação”, diz o chefe da pasta, que cita o histórico de Ruy no combate ao PCC – ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula da organização em 2006 – ou “a função atual como secretário de administração de Praia Grande”, apontou o secretário.
* Com informações do Estadão Conteúdo