Suspeito de agredir Bolsonaro é ativista comunista

Divulgação/ Polícia Militar
Foto: Divulgação/ Polícia Militar

Apontado pela Polícia Militar como responsável pelo atentado a Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira tem postagens de ódio ao candidato do PSL em seu Facebook. De acordo com a assessoria do 2º Batalhão da Polícia Militar em Juiz de Fora, Oliveira tem 40 anos e tem curso superior completo. Ele é natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, cidade de a 700 km de Juiz de Fora, e trabalhava como servente de pedreiro.

Nas postagens, há vários textos em que Adélio ofende Bolsonaro ou critica suas propostas. Em maio, o suposto agressor postou uma foto na qual aparece ao lado de uma placa que diz “políticos inúteis”. No mesmo dia, publicou outra imagem com outro cartaz que pede a renúncia de Temer.

O homem detido pela polícia também publicou imagens de pessoas que defendem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Outro tema comum na página de Oliveira são críticas à maçonaria.

Nas redes sociais, Oliveira indicou ter frequentado uma escola de tiros em Santa Catarina recentemente. Ele esteve na Clube e Escola de Tiro.38, em Florianópolis. O clube, especializado em treinamento com área de fogo, confirmou a presença de Oliveira, mas não informou que tipo de serviço ele utilizou. A escola realiza cursos de tiro programados, com instrutor e atendimento individualizado.

Segundo o coronel Alexandre Nocelli, comandante da 4ª Região da Polícia Militar de Juiz de Fora, o homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia, que agiu motivado por “questões pessoais”.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, Adélio já tinha sido acusado pelo crime de lesão corporal. O boletim de ocorrência em que Oliveira é acusado de atentar contra a integridade física de outras pessoas é de 2013.

Agressor foi filiado a partido político

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, confirmou que Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao partido entre 2007 e 2014. Segundo o dirigente, no entanto, o suspeito não foi dirigente partidário e ainda não foi possível conhecer os motivos de sua filiação ou desfiliação após sete anos.

“Isso não muda em nada a posição que o partido acaba de divulgar de repúdio ao ato e obviamente nós não nos responsabilizamos nem podemos responder por um ato isolado de uma pessoa que um dia que filiada ao PSOL”, disse Medeiros ao Broadcast Político. “Nós reafirmamos aqui nosso repúdio a esse ato e cobramos que as autoridades tomem as providências que a lei prevê.”

Segundo policiais da PM em Juiz de Fora, Adélio disse, em depoimento, que não é ligado a qualquer partido político, e que agiu porque não “simpatiza” com o candidato. / COM AGÊNCIA BRASIL

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Vídeo mostra agressão

https://youtu.be/SiapqdxNJ6o