Susana Naspolini, repórter da TV Globo, morreu nesta terça-feira, 25, aos 49 anos, segundo anúncio feito pela sua filha, Julia, de 16 anos, nas redes sociais. A jornalista foi diagnosticada com um câncer na bacia, que havia se espalhado para a medula óssea e outros órgãos, segundo vídeo publicado por sua filha nas redes sociais.

“É com o coração doendo que venho contar para vocês que mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações. Muito mesmo. Muito obrigada, mas infelizmente não deu”, escreveu a jovem.

Nascida em Santa Catarina, mas moradora do Rio de Janeiro por quase 20 anos, Susana enfrentou outros cânceres ao longo da vida. Aos 18 anos, descobriu um Linfoma de Hodgkin e, quase duas décadas depois, foi diagnosticada com um tumor maligno na tireoide e outro nas mamas.

Em agosto, ela postou um vídeo raspando os cabelos com ajuda da filha. Na última sexta-feira, 21, Julia contou que a queda dos cabelos aumentou depois dos médicos intensificarem a quimioterapia em julho. Na época, descobriram que o câncer dela havia começado a se espalhar.

Carreira

Susana teve uma carreira consolidada no jornalismo brasileiro. A repórter trabalhou na TV Globo por 18 anos. Ela também teve passagens pela TV Futura e RBSTV, onde foi editora-chefe e apresentadora. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, Susana trabalhou no SCC/SBT entre janeiro de 1991 e julho de 1993.

Ela teve algumas passagens marcantes pela Globo. Uma delas foi quando apareceu fantasiada de jacaré, em 2017, para cobrar a reforma da ponte do Canal das Taxas, conhecida como Canal dos Jacarés, no Rio de Janeiro. “Desafio posto, desafio aceito, desafio cumprido”, disse ela, ao vivo, na época.

Com gosto pela escrita, Susana se aventurou no mundo da literatura. Ela estreou como escritora com “Eu Escolho Ser Feliz”, lançado em 2019, que fala da perda de seu marido em 2014. A segunda obra, “Terapia Com Deus”, de 2021, contou com um prefácio escrito pela também jornalista Maria Beltrão.