Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta quinta-feira, 11, para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ocorrido repercutiu no meio político, com aliados e oposição comentando nas redes sociais.
O placar, no momento, está 3 a 1. Além de Cármen Lúcia, o ministro Flávio Dino seguiu o relator do caso, Alexandre de Moraes; apenas Luiz Fux divergiu do entendimento.
+ Primeira Turma do STF forma maioria pela condenação de Bolsonaro
Por se tratar um julgamento histórico, políticos de diferentes espectros políticos comentaram o ocorrido:
“Condenado! Bolsonaro está CONDENADO! O voto de Carmen Lúcia forma a maioria e condena o FACÍNORA por todos os crimes, principalmente o de tentativa de golpe de estado! O povo brasileiro se sente hoje com a alma lavada e pronto para a reconstrução do país, depois do sequestro do Brasil pela ‘famiglia’ Bolsonaro!”, escreveu o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).
Já o deputado federal Lindberg Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, destacou que o voto da magistrada “desmonta as teses das defesas ponto a ponto” e ressalta que a democracia brasileira foi alvo de um “ataque orquestrado e consciente”.
“15h41 do dia 11/09 o Brasil vive a Justiça sendo feita”, comentou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB – RJ).
O deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP) celebrou a formação de maioria e disse: “É por Dilma Rousseff e por todas as vidas perdidas na pandemia. Grande dia!”.
“A Justiça falou mais alto! O STF formou maioria pela condenação de Bolsonaro e dos demais réus pelo golpe de Estado. Hoje é um dia histórico: a democracia venceu os ataques e reafirmou que não há espaço para golpistas no Brasil. É Bolsonaro condenado!”, escreveu o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP).
“Vem ai o maior sextou (sic) dos último tempos”, comemorou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) fez o mesmo que o colega de partido e disse: “Os crimes de Bolsonaro podem somar até 43 anos de prisão”.
Por outro lado, o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou que: “Carmem Lúcia não individualiza uma única conduta de ninguém, não cita uma prova de absolutamente nada. Pessoas que não se conhecem e nunca se falaram passaram a integrar uma organização criminosa. Discurso virou prova de premeditação. Narrativas viraram fundamento jurídico”.
Outros diversos aliados, como o senador Marcio Bittar (MDB – AC); o deputado federal Paulo Bilynskyi (PL – SP); o deputado federal General Pazuello (PL – RJ); e o deputado federal Gustavo Gayer (PL – GO), estão repercutindo no X a mesma frase em massa com intuito de entrar nos trend topics da plataforma.