A Suprema Corte sueca autorizou a extradição para a Turquia de um membro do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), atendendo, assim, a uma condição exigida pela Turquia para desbloquear a entrada da Suécia na Otan, noticiou um veículo de comunicação sueco nesta terça-feira (6).

Cabe agora ao governo sueco decidir sobre a situação do homem, que seria o primeiro membro do PKK extraditado pelo país europeu para a Turquia, segundo o jornal Aftonbladet.

De acordo com o jornal, o homem, um cidadão turco de 35 anos, foi condenado a mais de quatro anos de prisão na Turquia em 2014 por transportar cannabis em uma sacola.

Após sua liberdade condicional, ele viajou para a Suécia, mas foi detido neste país a pedido da Justiça turca, que pedia que passasse o resto da vida na prisão. O homem considera ter se tornado alvo das autoridades de seu país por apoiar o PKK.

Centenas de pessoas protestaram no domingo em Estocolmo, repetindo palavras de ordem contra a Otan e exibindo bandeiras do PKK. Os manifestantes denunciaram uma nova lei antiterrorista aprovada na Suécia, segundo eles, sob pressão da Turquia para fazer parte da Aliança Atlântica.

A nova lei, que entrou em vigor em 1º de junho na Suécia, prevê processos por “participação em organização terrorista”, uma das condições exigidas pela Turquia para suspender seu veto à entrada do país europeu na Otan.

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