A Suprema Corte dos Estados Unidos se pronunciou nesta quinta-feira (18) contra uma ordem executiva do presidente Donald Trump, que pretende acabar com um programa de proteção dos “dreamers”, grupo de 700.000 jovens que chegaram ao país sem documentos acompanhando seus pais quando eram crianças.
Trump reagiu, afirmando se tratar de uma decisão “horrível”.
O tribunal considerou que seria “arbitrário e caprichoso” acabar com o programa adotado pelo presidente democrata Barack Obama para dar proteção contra as deportações e permissões de trabalho aos jovens, principalmente procedentes da América Latina e muitos deles sem recordações de seus países de origem.
“Eu estava me preparando para o pior”, desabafou Jesús Contreras, um paramédico que vive em Houston e que estava em uma situação de limbo jurídico desde que Trump decidiu encerrar o Ação Diferida para os Chegados na Infância (DACA), em 2017.
“Ainda te mos que lutar para ter uma legislação, mas tenho uma boa sensação de saber que estamos protegidos e a salvo – pelo menos por enquanto”, acrescentou Contreras.
Este programa permite aos jovens trabalhar, estudar e dirigir e, sem ele, estariam condenados a viver sem documentos.
Esta é uma das decisões mais esperadas da temporada, sobretudo em uma Casa onde os juízes conservadores são maioria.
Finalmente, o juiz John Roberts somou sua voz à de seus quatro colegas progressistas para apoiar a permanência do programa.
“Não estamos dizendo se o DACA, ou seu fim, são políticas infundadas. Nos referimos apenas a se a agência cumpriu os requerimentos de procedimento que lhe outorgaram uma explicação razoável para sua ação”, escreveu Robert, na decisão.