NOVA YORK, 22 FEV (ANSA) – A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (22) que o ex-presidente Donald Trump deve entregar os registros financeiros de suas últimas declarações de imposto de renda para as autoridades de Nova York, responsáveis pela investigação sobre transações suspeitas do republicano.   

A medida foi tomada após o alto tribunal negar um pedido feito pela defesa de Trump, em 7 de novembro, para impedir que os documentos fossem disponibilizados a promotoria de Nova York.   

As declarações, porém, ficarão sob as regras de sigilo da Suprema Corte, o que restringe a divulgação pública.   

A decisão é mais uma derrota para Trump, já que a Corte já havia decidido, em julho passado, que o magnata não estava imune ao inquérito por ainda ser presidente da nação.   

O promotor do distrito de Manhattan, Cyrus Vance, determinou que Trump precisa entregar suas declarações de impostos dos últimos oito anos, de 2011 a 2018, às autoridades de Nova York.   

A investigação apura alegações públicas de possível atividade criminosa na Organização Trump e cita investigações de jornas que concluíram que o ex-presidente pode ter inflado ilegalmente seu patrimônio líquido e o valor de suas propriedades a credores e seguradoras.   

Além disso, o magnata teria destinado parte da verba eleitoral da campanha presidencial de 2016 para o pagamento de subornos.   

Segundo o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, o republicano, com o apoio de seus familiares, cometeu várias fraudes fiscais e bancárias durante os últimos anos.   

Cohen foi detido em 2018 após afirmar ter pago pelo silêncio de duas mulheres, incluindo a atriz de filme pornô, Stormy Daniels, que acusavam Trump de ter mantido relações sexuais fora do casamento.   

Em outubro de 2020, inclusive, o filho do ex-presidente americano, Eric Trump, chegou a prestar depoimento sobre as acusações. (ANSA)