A Suprema Corte do Quênia validou nesta segunda-feira por unanimidade a reeleição do presidente Uhuru Kenyatta nas eleições de 26 de outubro, organizadas depois da anulação pela justiça da votação de agosto e boicotadas por seu adversário, Raila Odinga.

A mais alta jurisdição queniana, que tomou a decisão histórica no continente de invalidar por “irregularidades” as eleições de 8 de agosto, vencidas por Kenyatta, considerou que os dois recursos apresentados não tinham fundamento.

Esta decisão significa que Kenyatta, de 56 anos e no poder desde 2013, será investido em 28 de novembro para um novo mandato de cinco anos.

Esta resolução põe fim a um controvertido processo eleitoral que dividiu profundamente o país e afetou duramente a economia mais dinâmica da região.

Mas isso não significa o fim da crise. Depois de duas semanas de calma, a tensão aumentou na sexta-feira, com a morte de três pessoas baleadas durante uma manifestação da oposição reprimida pela polícia de Nairóbi.

Na repetição das eleições em outubro, Kenyatta obteve 98% dos votos, com uma participação muito baixa de 39%.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

A oposição reclamou da falta de transparência das eleições e pelo fato de que quatro condados do oeste do país, redutos opositores, não participaram da votação.

A crise política foi marcada pela violência e deixou 52 mortos desde 8 de agosto.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias