A Suprema Corte de Israel adiou nesta quinta-feira (23) a audiência sobre um pedido apresentado por meios de comunicação internacionais em Israel e nos territórios palestinos que exige o acesso independente de seus jornalistas a Gaza.
Desde o início da guerra em outubro de 2023, as autoridades israelenses impedem que repórteres estrangeiros entrem no território palestino devastado. Apenas alguns profissionais foram levados a Gaza, em visitas estritamente controladas pelos militares.
Nesta quinta-feira, a Suprema Corte iniciou a análise do recurso apresentado pela Associação de Imprensa Estrangeira (FPA), mas o procurador-geral reconheceu que “a situação mudou” e solicitou mais 30 dias para examinar as circunstâncias.
A data para a próxima audiência não foi definida.
Antes da audiência, a presidente da FPA, Tania Kraemer, disse: “Esperamos muito tempo por este dia”.
“É o momento de Israel suspender o bloqueio e permitir que façamos o nosso trabalho ao lado de nossos colegas palestinos”, acrescentou.
A FPA, que representa centenas de jornalistas estrangeiros, começou a pedir acesso independente a Gaza pouco depois do início do conflito, provocado pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Os pedidos foram repetidamente ignorados pelas autoridades israelenses.
Um jornalista da AFP integra o conselho diretor da FPA. A organização Repórteres Sem Fronteiras também se uniu ao pedido da FPA.
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