A Polícia do Equador deteve, nesta sexta-feira (18), três suspeitos do assassinato do prefeito da cidade de Manta, Agustín Intriago, às vésperas de eleições marcadas pela violência política, informou o ministro do Interior, Juan Zapata.

“Na madrugada de hoje, às duas da manhã, foram detidos três supostos autores materiais do assassinato do prefeito de Manta”, anunciou Zapata em uma coletiva de imprensa.

Intriago e uma jovem atleta foram mortos a tiros em 23 de julho, quando pistoleiros abriram fogo enquanto o prefeito inspecionava uma obra municipal na cidade, localizada na província de Manabí, a oeste do país.

Zapata detalhou que entre os detidos há um dominicano e dois equatorianos, incluindo uma mulher.

“Há um quarto membro” envolvido no crime, mas trata-se de um recluso, acrescentou o ministro sem dar mais detalhes.

Fausto Salinas, comandante-geral da Polícia, indicou que foram encontradas “chamadas conectivas” entre o recluso e os outros cúmplices do crime.

No dia do assassinato, um suposto agressor ficou ferido e foi levado para um hospital sob custódia.

A província costeira de Manabí é a segunda com mais assassinatos no Equador, atrás apenas de Guayas, de acordo com a unidade policial Dinased, responsável por investigar mortes violentas e desaparecimentos.

Entre janeiro e junho do ano passado, foram registrados 370 homicídios na província.

Em maio, uma promotora e sua assistente também foram assassinadas em Manta.

A violência no Equador também se estendeu à campanha para as eleições presidenciais a serem realizadas no domingo. O candidato centrista Fernando Villavicencio foi morto a tiros em 9 de agosto, causando comoção em um país afetado pelo tráfico de drogas.

O Equador encerrou 2022 com uma taxa de 26 homicídios por 100.000 habitantes, quase o dobro do registrado em 2021.

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