O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) diz ter encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro, internado no Hospital Albert Einstein, uma solicitação para que ele determine que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e a Polícia Federal permitam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareça ao enterro do irmão em São Bernardo do Campo nesta quarta-feira, 30.

Em vídeo transmitido ao vivo na página oficial de Lula no Facebook, Suplicy aparece em São Bernardo ao lado de lideranças do partido e diz ter encaminhado a mensagem ao Conselho Deliberativo do Hospital Albert Einstein.

Suplicy quer que Bolsonaro determine que Moro e a PF garantam “todas as condições de segurança necessárias em coordenação com a direção do PT, que se dispôs a providenciar transporte, para que Lula possa comparecer ainda hoje ao enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São Bernardo do Campo e que essa decisão seja comunicada ao TRF-4 e ao Supremo Tribunal Federal”.

O vereador pede que Bolsonaro tome a decisão também com base em uma declaração do vice-presidente Hamilton Mourão que, no exercício da Presidência afirmou na terça-feira, 29, que a liberação de Lula para o velório do irmão era uma questão “humanitária”. “É uma questão de bom senso e de percepção humanitária”, afirmou Suplicy.

A princípio, a decisão está nas mãos do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já que os advogados de Lula impetraram um novo pedido pela liberação do ex-presidente para comparecer ao velório. Na petição ao STF, a defesa de Lula afirma que o ex-presidente deve ter assegurado o “direito humanitário” de uma última despedida ao irmão.

O pedido foi feito apresentado dentro de uma Reclamação no Supremo que tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski. No entanto, como a Corte volta do recesso apenas na próxima sexta-feira, 1, a petição de Lula deverá ser analisada pelo ministro Dias Toffoli, que responde pelos processos neste período.

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Durante a madrugada, o desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), negou um habeas corpus para Lula ir ao sepultamento de Vavá. A decisão ocorreu depois que, mais cedo, a juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, rejeitou pedido apresentado pelos advogados do petista.


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