Suplente de ministro de Lula vai para o PP e faz oposição ter maior bancada do Senado

Margareth Buzetti trocou de partido, do PSD para o PP
A senadora Margareth Buzetti: eleita como suplente do ministro Carlos Fávaro Foto: Pedro França/Agência Senado

A senadora Margareth Buzetti (MT), que até então fazia parte da bancada do PSD, vai mudar de partido nesta quinta-feira, 20, quando assina sua ficha de filiação ao PP.

Eleita como suplente de Carlos Fávaro (PSD), Buzetti assumiu a cadeira em janeiro de 2023, quando o titular se licenciou do cargo para assumir o Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento do presidente Lula (PT).

+Partido também ganhou um governador: Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, deixou o PSDB

Ao contrário do companheiro de chapa, a senadora não tem atuação governista. Em 2023, Fávaro foi exonerado da pasta para votar contra uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limitaria o poder dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para tomar decisões monocráticas. Mais recentemente, ela assinou o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.

Para se consolidar na oposição, Buzetti migra para um partido presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e defensor do desembarque da sigla do governo petista — onde hoje chefia o Ministério dos Esportes, com André Fufuca.

À IstoÉ, Nogueira expressou satisfação com a filiação. “É uma senadora muito combativa e respeitada no Congresso, que agora nos dá o presente de nos tornar a maior bancada do Senado“.

Ida para PP muda relação de forças no Senado

Nesta semana, o PP formalizou uma federação partidária com o União Brasil, que também caminha para a oposição apesar dos ministérios comandados e tem o governador Ronaldo Caiado (Goiás) como pré-candidato à Presidência em 2026.

Ao se federarem, as legendas têm de atuar em conjunto durante quatro anos, exigência que inclui o lançamento de chapas conjuntas a cargos majoritários — presidente, governador e prefeito — e orientação única nas votações no Legislativo.

Nessa conta, portanto, a chegada de Buzetti faz a federação PP-União Brasil ter a maior bancada do Senado, com 15 integrantes, superando o PL de Bolsonaro, que tem 14. O PSD de Gilberto Kassab, passa a ter 11 senadores, sendo superado pelo MDB na Casa.