03/11/2021 - 13:56
A Superliga Masculina de Vôlei 21/22 começou. Na segunda rodada da competição, a classificação vai ganhando corpo e os times favoritos, assim como as apostas da temporada, também já começam a ser vistos.
A competição masculina vai manter a tradição de ser sempre muito equilibrada. Três times despontam como favoritos, porém há sempre espaço para surpresas, mostrando que todos os 12 elencos têm plenas condições de chegar ao desejado título de campeão.
Puxando a fila dos favoritos vem o hexacampeão Sada Cruzeiro. Com elenco liderado pelo capitão Wallace, o time mineiro caminha forte para a conquista da sétima taça da competição.
Vôlei Renata, assim como a equipe Fiat/Gerdau/Minas, são os outros favoritos para levantar o caneco nacional. O time campineiro investiu forte no mercado e trouxe do exterior o oposto Evandro, que já foi campeão olímpico na Rio 2016. Além dele, a equipe de Campinas deu chances aos jovens Adriano e Alê, convocados pelo técnico Renan Dal Zotto neste ano. Para completar, Lucão, um dos maiores centrais da história do vôlei brasileiro, também fechou contrato com o clube. O elenco já conquistou um título neste ano, sendo campeão paulista contra o Vedacit Vôlei Guarulhos.
O Fiat/Gerdau/Minas, que recentemente colocou um ponto final no contrato do central Maurício Souza, mesclou seu time entre jovens e experientes jogadores, que serão liderados pelo exímio levantador William Arjona. Com elenco qualificado e peças muito boas como Leandro Vissoto, Maique Reis, Henrique Honorato e Matheus Pinta, o clube mineiro vai batalhar pela conquista do título.
Surpreendendo os torcedores, o antigo Funvic/Taubaté, que venceu três dos cinco títulos que disputou na temporada passada, deixou a cidade do Vale do Paraíba e foi para Natal, no Rio Grande do Norte. A mudança foi drástica, alguns titulares, que eram atletas da seleção brasileira, deixaram o clube e foram para o exterior, com exceção de Maurício Souza e Lucão. O líbero Thales, por sua vez, permaneceu na equipe, assim como o oposto Felipe Roque, que se recupera de uma lesão no joelho. Mesmo com nomes estrangeiros e um elenco recheado de jovens, o Funvic Educacoin Natal promete um bom desempenho na competição.
“A transferência foi muito difícil, cansativa, e ainda está em construção! Porém, desde o momento em que soubemos que iríamos nos mudar, colocamos que estaríamos juntos até o final”, conta Vitor Yudi, líbero do time de Natal. “Temos um excelente comandante e uma equipe com muito potencial! Acredito que será uma temporada muito boa para todos nós”, completa o atleta.
Outros times paulistas devem fazer ótimas exibições ao longo da competição. O Vedacit Vôlei Guarulhos provou ao longo do campeonato paulista que é uma equipe muito bem montada e que não vai facilitar para os seus adversários. Liderados pelo levantador Sandro e o ponteiro Renato, o clube chega muito bem estruturado para a temporada. “Temos um elenco muito bem montado e forte este ano, além de uma Superliga muito bem equilibrada. Tenho certeza que temos condições de estar entre os principais times desta edição e estamos trabalhando muito em busca desse objetivo. Expectativa grande da nossa parte em fazer uma excelente temporada, fazendo isso o resultado vem como consequência”, opina Luiz Felipe Pantaleão, oposto do clube.
Além do Guarulhos, o SESI – SP também chega forte. Com o elenco liderado por Murilo Endres e Eder Carbonera, o time recheado de jovens pretende mostrar o potencial de seus atletas como diferencial na busca pelo título.
Fechando a fila dos times paulistas, o Farma Conde Vôlei – São José será uma boa aposta para a competição. A equipe joseense entra na Superliga deste ano para substituir o Vôlei Itapetininga, que fez uma campanha surpreendente na última temporada e eliminou o grandíssimo Sada Cruzeiro nos playoffs. Mesclando os experientes Marlon e Renan Buiati com jovens jogadores, o elenco do Vale do Paraíba chega com grandes expectativas para buscar uma vaga entre os classificados da primeira fase. “As expectativas são muito boas. Como o time chegou até as semifinais na temporada passada, passando pelo todo poderoso Sada Cruzeiro nas quartas, nada é impossível. Mas sempre um passo de cada vez. Primeiro entre os oito [classificados para os playoffs], depois entre os quatro, e uma possível final”, diz o oposto Wallaf Oliveira.
Vindo de uma ótima última temporada aparece o Azulim/Gabarito/Uberlândia, time extremamente jovem e que será comandado pela excelente aposta brasileira Luizinho, levantador e líder do time.
Em mais uma temporada na elite da competição nacional, Apan/Eleva vai contar com a liderança do líbero Tiago Brendle, ex-seleção brasileira, para buscar a classificação aos playoffs. “Nossa equipe foi montada de uma forma bem equilibrada, com 14 ‘peças’ que se complementam e suprem as necessidades de todas as funções. Aliado a este material humano, temos ótimas condições de trabalho em um projeto sólido e responsável, que tem boas perspectivas de atingir o que se propõe”, revela Tiago. “As expectativas para esta temporada são: classificação aos playoffs da Superliga, manutenção da posição conquistada na edição anterior e conquistar posição entre o G5 [os cinco primeiros da classificação]”, relata.
O modesto, mas aguerrido, Montes Claros America Vôlei também continua na competição. Vindo de um terceiro lugar no Campeonato Mineiro, o elenco aposta no coletivo para chegar forte na Superliga. “Ano passado começamos o campeonato com o desempenho um pouco abaixo e fomos evoluindo conforme iam passando os jogos. Acho que esse ano precisamos manter a regularidade de desempenho durante toda a liga, o que consequentemente vai nos dar uma melhor posição e um melhor cruzamento nos playoffs, além de nos trazer mais confiança e entrosamento para passar, pelo menos, para as semifinais”, analisa o ponteiro Vinícius Lersch.
Promovidos da Superliga B, uma competição da segunda divisão da elite, Brasília Vôlei e Goiás Vôlei são apostas para ficarmos de olho. O time esmeraldino, que foi representado por Anápolis na edição de 2021 da série B, ganhou a vaga na elite após a desistência de Juiz de Fora Vôlei, atual campeão da Superliga B. Eder Levi, Vini Mendes e Evandro, nomes experientes do time goiano, estão responsáveis por extrair o melhor de um grupo jovem. “Podem esperar uma equipe muito comprometida e que com certeza vai se superar muito durante todo o campeonato para buscar os playoffs e todos os nossos objetivos”, promete Lucas Silva, líbero do elenco goiano.
O Brasília, por sua vez, foi o vice-campeão da edição de 2021 da Superliga B. A faixa etária do grupo, com exceção de dois atletas, não passa de 30 anos. Com jogadores novos e cheios de fôlego, o elenco do Distrito Federal terá de batalhar duramente para figurar no pelotão dos classificados para os playoffs.