O projeto da Superliga está fazendo progressos, garantiu nesta quinta-feira Joan Laporta, presidente do Barcelona, que juntamente com o Real Madrid e a Juventus seguem levando adiante a iniciativa, prevendo que em abril haja uma decisão dos tribunais europeus.

“A Superliga está evoluindo”, disse Laporta em coletiva de imprensa para fazer o balanço do decorrer da temporada, mostrando o seu apoio ao decálogo apresentado pela empresa promotora da Superliga A22 como base para esse projeto.

O diretor-geral da A22, Bernd Reichart, publicou nesta quinta-feira um fórum em vários jornais europeus em que detalha estas bases que regeriam uma eventual nova competição europeia.

Entre os pontos do decálogo, destaca-se que seria, face ao projeto inicial da liga semifechada, “uma competição aberta, com várias divisões, composta por entre 60 e 80 equipes”.

“Os clubes participantes devem continuar comprometidos com as suas competições e torneios nacionais”, considera Reichart, que, entre outras medidas, também acredita que “as competições europeias de clubes devem ser regidas pelos clubes, como acontece em nível nacional, e não por terceiros que se beneficiam do sistema sem assumir nenhum risco”.

“É uma Superliga aberta e isso é notável, é uma competição mais atrativa, mais sustentável para a saúde dos clubes”, disse Laporta.

“Estamos defendendo a livre concorrência na União Europeia. A Superliga, o que queremos é que o diálogo com a Uefa não se rompa e se harmonize com as ligas nacionais”, insistiu.

“Teremos notícias do Tribunal da União Europeia de Luxemburgo em abril com certeza e tudo indica que os defensores da Superliga terão o direito de organizar competições”, disse o presidente do Barcelona.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) tem que se pronunciar se a Uefa pode estar fazendo uso de uma posição dominante ao impedir a criação da Superliga, torneio que buscaria competir com a Liga dos Campeões.

Em dezembro passado, o advogado geral do TJEU, Athanasios Rantos, afirmou que a Uefa agiu dentro da lei quando ameaçou penalizar os clubes que aderirem ao projeto da Superliga.

No entanto Laporta afirmou nesta quinta-feira que a Superliga “terá de se fazer com a Uefa na mesa de governança, mas esta grande competição europeia tem de ser regida sobretudo pelos clubes”.

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