Por Simon Evans

MANCHESTER, Inglaterra (Reuters) – A Superliga europeia entrou em colapso nesta quarta-feira com oito dos 12 membros fundadores da Inglaterra, Itália e Espanha abandonando o projeto após pressão de torcedores, políticos, autoridades do futebol e até de membros da família real britânica. 

Um dos fundadores, o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, contou à Reuters que está pedindo relutantemente tempo à nova liga após seis clubes ingleses saírem na terça-feira, seguidos do Inter de Milão e Atlético de Madri, e o AC Milan indicar que sairia também.

Agnelli disse que ainda acreditava nos méritos da Superliga, apesar das críticas generalizadas, e que não tinha arrependimentos sobre como o processo foi conduzido.

A própria Juventus não chegou a dizer que a nova liga está morta, mas reconheceu que as chances do projeto ser concluído na forma em que foi concebido originalmente eram limitadas. 

A Superliga argumentou que o projeto aumentaria a receita dos principais clubes de futebol na Europa, e permitiria que assim eles distribuíssem mais dinheiro para o resto do esporte.

Entidades que comandam o futebol, outros clubes e organizações de torcedores, no entanto, dizem que a nova liga aumentaria apenas o poder e a riqueza dos clubes da elite, e que a estrutura parcialmente fechada vai contra o modelo de longa data adotado pelo futebol europeu. 

(Reportagem de Simon Evans, Elvira Pollina, Ian Ransom e Sudipto Ganguly; Reportagem adicional de Giulia Segreti, em Roma, Guy Faulconbridge, em Londres, e Arvind Sriram, em Bengaluru)