Uma moradora de Itaperuna (RJ), cidade que fica a cerca de 319 quilômetros da capital fluminense, completou 119 anos no dia 10 de março. Deolira Glicéria Pedro da Silva nasceu em 1905 e, caso seus documentos sejam validados, ela supera a espanhola Maria Branyas como a pessoa viva mais velha do mundo.

A longevidade de Deolira Glicéria se tornou alvo de uma pesquisa do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células da USP (Universidade de São Paulo) que estuda o “envelhecimento saudável”.

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A brasileira nasceu em Porciúncula (RJ) no ano de 1905, conforme certidão de nascimento a que a IstoÉ teve acesso. Atualmente, ela vive com a filha de 88 anos e as netas em Itaperuna. Deolira Glicéria é uma supercentenária, pessoas que superam os 110 anos de idade.

A pessoa mais velha do mundo viva conforme o Guinness Book, o livro dos recordes, é a espanhola Maria Branyas, que completou 117 anos no dia 4 de março. Deolira Glicéria superaria por dois anos a supercentenária.

O médico geriatra e psiquiatra Juair de Abreu Pereira afirma que a senhora está muito bem, é lúcida e gosta de conversar. “Eu fico surpreso com a vitalidade dela”, declarou o especialista que atende Deolira Glicéria há dois anos.

Juair ainda acrescenta que a supercentenária não toma remédios para nenhuma comorbidade. No entanto, devido à idade avançada, Deolira não consegue mais andar e utiliza uma cadeira de rodas.

Estudo da USP

De acordo com o Instituto de Biociências da USP, a universidade já realiza pesquisas relacionadas ao envelhecimento saudável há mais de dez anos. A pesquisa é coordenada por Mayana Zatz, professora e doutora em Genética.

O estudo coleta o sangue de centenários que estejam ativos e com a capacidade cognitiva preservada em uma busca para entender o que leva essas pessoas a tal longevidade.

Conforme o Instituto de Biociências da USP, alguns centenários conseguem praticar atividades físicas regularmente, vivem de forma independente e continuam ativos profissionalmente.

O estudo dá destaque para os supercentenários, como Deolira Glicéria, que teve amostras coletadas pelos pesquisadores.

**Estagiário sob supervisão