O superávit comercial da zona do euro recuou para 20,1 bilhões de euros (US$ 20,9 bilhões) em outubro, de 23,5 bilhões de euros em igual mês de 2015, com uma queda nas exportações e um aumento nas importações. O recente avanço do dólar ante o euro, porém, sugere que o cenário pode mudar.

A agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat) disse nesta sexta-feira que, na série ajustada houve queda de 0,3% nas exportações em outubro ante setembro, enquanto as importações avançaram 2,9%. Com isso, nessa série ajustada o superávit diminuiu para 19,7 bilhões de euros, de 24,4 bilhões de euros em setembro.

Isso pode ser um revés para as perspectivas de crescimento da zona do euro, no momento em que ela entra no trimestre final de um ano desapontador. Mas, caso se sustente, isso pode ser uma notícia bem-vinda para os críticos, entre eles muitos nos EUA, que argumentam que a zona do euro depende muito das exportações e pouco do fortalecimento da demanda doméstica.

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se comprometeu a elevar tarifas sobre importações da China e do México e reavaliar outras relações comerciais que ele argumenta que deixaram trabalhadores dos EUA em desvantagem. Ele raramente mencionou a zona do euro ou a Alemanha, embora ambas tenham os maiores superávits comerciais com os EUA. A União Europeia teve um superávit comercial com os EUA de 93,8 bilhões de euros nos 10 meses até outubro deste ano, abaixo dos 102,6 bilhões de euros em igual período de 2015.

Pesquisa mais recentes sugerem que o declínio nas exportações não se estendeu para além de outubro, em parte pelo salto no dólar após a vitória de Trump e diante da expectativa de mais crescimento econômico nos EUA em 2017, com taxas de juros mais altas no país. O euro recuou na quinta-feira a seu nível mais baixo desde 2003 ante o dólar. Fonte: Dow Jones Newswires.

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