Aposta do Brasil no arremesso de peso, o catarinense Darlan Romani vem enfrentando diversas adversidades nesse ciclo olímpico. Nesse período, enfrentou obstáculos causados pela pandemia, pegou covid-19, passou por uma lesão nas costas e esteve os últimos meses afastado de seu treinador. Ainda assim, o atleta manteve a confiança em busca de uma medalha nos Jogos de Tóquio.

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“A minha expectativa é muito boa para a Olimpíada. Quero fazer boa qualificação e boa final. Trazer bons resultados para o Brasil”, projeta o atleta, que teve de ficar seis meses sem competir entre o fim do ano passado e o início do deste ano. “Embora não satisfeito, tenho convicção de que voltei arremessando bem.”

Por conta da lesão nas costas, o atleta teve de ficar afastado das competições. Na sequência, foi infectado pela covid-19, prolongando o período de afastamento. O catarinense só voltou a participar de campeonatos no mês passado, quando disputou o Troféu Brasil de Atletismo, em São Paulo.

Em dezembro, Navarro foi visitar familiares em seu país e não conseguiu retornar ao Brasil devido a pandemia. “A situação é difícil porque o olho do treinador faz toda a diferença” lamenta Darlan. Ele já vinha enfrentando problemas devido às restrições para conter o avanço da doença.

“Foram tempos difíceis, de improvisação. O Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, fechou. Fiz um setor de arremessos num terreno ao lado de casa, montei uma academia na minha residência com equipamentos emprestados pela Confederação, usei material do meu projeto social”, conta o atleta de 30 anos, que estará disputando seu segundo Jogos Olímpicos da carreira.

Na sua primeira participação, no Rio-2016, terminou o torneio na quinta colocação. Desde esse momento, o brasileiro vem aprimorando suas marcas. Em 2019, por exemplo, disputou o Mundial de Doha, terminando competição na quarta colocação, com uma marca de 22,53 metros.

Essa pontuação seria o suficiente para que o atleta fosse campeão mundial e olímpico de todas as edições anteriores, tanto do Mundial, como das Olímpiadas. Portanto, a meta é ao menos repetir esta distância em Tóquio. “Pelas projeções do meu treinador, com mais de 22,50m, seria medalha”, avalia.

Entretanto, tanto em 2020 como em 2021 o atleta não conseguiu obter o mesmo desempenho. “Não fico satisfeito com os resultados. Quero sempre mais. Não estou feliz com as marcas de 2020, de 21,52m, nem de 2021, com 21,56 m. Sei que posso conseguir mais.”

Apesar disso, ele prefere não apontar uma meta de distância para os Jogos. “Não falo de marcas. Eu entro para competir comigo, não com ninguém. Tenho visto que o pessoal tem arremessado bem, o americano Ryan Crouser bateu recorde mundial”, afirma, em referência ao campeão olímpico no Rio-2016, detentor do recorde mundial com a marca de 23,37 m.

Texto produzido com informações do Estadão Conteúdo