Novembro começa com a super quarta, dia em que coincidem as reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O mercado vai conhecer as decisões das duas autoridades monetárias. A previsão é de corte de meio ponto no juro daqui e manutenção da taxa americana.

A expectativa predominante do mercado é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) realize mais um corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,50%, para ficar em 12,25%. Já nos Estados Unidos, a grande maioria dos analistas aposta que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai manter a taxa de juros nesta quarta.

Na quinta-feira será a vez do Banco da Inglaterra (BoE) anunciar sua decisão sobre juro, e a maioria dos analistas prevê manutenção.

Só que o mais importante não está nesses números, mas nos comunicados e suas implicações nas taxas de juros no mercado futuro – em especial a dos EUA, que pode guiar ou dispersar um possível rali na bolsa brasileira neste fim de ano.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Ao reduzir a Selic, a tendência é a de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com a última edição do Relatório Focus, do BC, divulgada no início desta semana, a inflação no Brasil deve terminar 2023 em 4,63% – abaixo, portanto, do teto da meta para este ano.