Centenas de milhares de pessoas no sul da China trabalhavam nesta quinta-feira (2) nas operações de limpeza na província de Guangdong, após a passagem do tufão Ragasa, que também atingiu Hong Kong e provocou pelo menos 14 mortes em Taiwan.
Ragasa atingiu a superpopulosa Guangdong com ventos de até 145 quilômetros por hora, derrubou árvores, destruiu cercas e arrancou placas de vários edifícios.
Correspondentes da AFP que estavam no ponto de impacto, perto da cidade de Yangjiang, observaram os destroços espalhados pelas ruas na manhã desta quinta-feira.
Uma chuva leve e ventos moderados persistiam enquanto os moradores tentavam retirar os destroços das ruas.
A energia elétrica ainda não havia retornado a um bairro residencial, informou à AFP o dono de um restaurante que sofreu um desabamento parcial do teto.
Em Hailing, uma ilha administrada por Yangjiang, as equipes de resgate tentavam retirar uma grande árvore que caiu em uma rodovia.
A passagem do Ragasa por Taiwan como supertufão provocou pelo menos 14 mortes e deixou dezenas de feridos quando uma barragem se rompeu no condado de Hualien (leste), segundo as autoridades regionais, que revisaram o balanço de vítimas fatais, reduzindo de 17 para 14, após eliminar casos duplicados.
Em um primeiro momento, as autoridades anunciaram 152 desaparecidos, mas posteriormente os socorristas conseguiram entrar em contato com quase 100 pessoas do grupo.
A tempestade tocou o solo na China continental perto da ilha de Hailing no final da tarde de quarta-feira. As autoridades ordenaram o fechamento de empresas e escolas em pelo menos 10 cidades do sul.
Em Hong Kong, Ragasa derrubou centenas de árvores e causou inundações em vários bairros.
As autoridades da cidade semiautônoma chinesa informaram que, até a noite de quarta-feira, 101 pessoas haviam sido atendidas em hospitais públicos por ferimentos sofridos durante a passagem do tufão. Mais de 900 pessoas buscaram refúgio em 50 abrigos temporários.
Muitos arranha-céus do centro financeiro balançaram com os fortes ventos e quase 1.000 voos foram afetados.
O serviço meteorológico de Hong Kong classificou a tempestade como a mais forte registrada no noroeste do Pacífico desde o início do ano.
O supertufão também provocou, no início da semana, a morte de pelo menos oito pessoas no norte das Filipinas.
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