ROMA, 17 JUN (ANSA) – A Suíça cogitou autorizar a participação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma eventual segunda conferência de paz sobre a Ucrânia.   

A primeira, realizada no último fim de semana, não teve representantes de Moscou, e a declaração final não foi assinada por países neutros no conflito, como o Brasil.   

Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual a Suíça é signatária, mas a presidente do país alpino, Viola Amherd, disse que seria possível “abrir uma exceção” para que o líder russo não fosse preso.   

“Se a presença de Putin é necessária para realizar a conferência, então poderíamos abrir uma exceção”, explicou a mandatária no fim de semana.   

Pouco antes, o ministro das Relações Exteriores suíço, Ignazio Cassis, já havia seguido pelo mesmo caminho.   

“Se Putin tivesse de vir à Suíça para a cúpula de paz, poderíamos não cumprir as obrigações do Estatuto de Roma e não prendê-lo. Nossa legislação permitiria isso, mas, de qualquer modo, deveríamos falar com o Tribunal Penal Internacional”, declarou.   

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, aliado da Ucrânia, também afirmou que gostaria que a Rússia fosse convidada “para uma próxima conferência de paz”.   

O objetivo dos mediadores suíços seria realizar uma nova cúpula antes de novembro, mês de eleição presidencial nos Estados Unidos. (ANSA).