ROMA, 18 DEZ (ANSA) – Um dia após o rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, admitir que a gestão da pandemia de Covid-19 no país foi um fracasso, o governo nacional anunciou uma série de regras novas e recomendou que os cidadãos usem máscaras ao utilizar o transporte público nesta sexta-feira (18). É a primeira vez que é dado esse tipo de orientação.   

Além da recomendação, o premiê Stefan Lofven proibiu a venda de bebidas alcoólicas após às 20h, limitou o número de clientes dentro das lojas, determinou a medição de temperatura na entrada dos negócios em geral e determinou o limite de quatro pessoas por mesa nos restaurantes.   

Essa é a segunda vez em menos de um mês que o governo adota medidas mais restritivas, sendo que no fim de novembro, o país proibiu aglomerações de mais de oito pessoas em espaços públicos.   

No dia 9 de dezembro, o chefe de saúde da capital Estocolmo, Björn Eriksson, fez um apelo dizendo que a cidade “precisava de ajuda” para lidar com a crise sanitária porque não há mais leitos de UTIs disponíveis.   

O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Suécia bateu seu recorde de casos de coronavírus Sars-CoV-2 em 24 horas: foram 9.654 contra 8.881 do dia anterior, elevando para 367.120 a quantidade de diagnósticos positivos desde o início da pandemia. Já os óbitos foram 191, elevando para 7.993 o total de vítimas desde fevereiro – muito mais do que os vizinhos.   

A Suécia adotou uma política mais “leve” para lidar com a pandemia com o objetivo de atingir a “imunidade de rebanho” e confiando mais na postura da população em evitar aglomerações e situações de risco. Porém, o país tem uma segunda onda muito mais pesada que os vizinhos Dinamarca, Finlândia e Noruega – que adotaram medidas restritivas mais severas.   

Com 10 milhões de habitantes, o país tem mais contágios e mortes do que a soma dos seus três vizinhos: Dinamarca (128.874 casos e 1.007 óbitos), Finlândia (32.582 e 489) e Noruega (42.968 e 404) – que somam juntas cerca de 16,6 milhões de habitantes. O índice de mortes e casos também é pior que os vizinhos. (ANSA).