A Suécia está enfrentando uma onda de denúncias de que os idosos em asilos não receberam os cuidados necessários para sobreviver ao novo coronavírus. O país não impôs lockdown para combater o avanço da pandemia e chegou a ser citado pelo presidente Jair Bolsonaro como exemplo a ser seguido. No entanto, as novas denúncias estão colocando em xeque a estratégia sueca de combate à pandemia. As informações são do Uol.

Pessoas acima de 60 anos representam 95% das mortes por Covid-19 no país nórdico. Documentos e denúncias de médicos e entidades nos últimos dias apontam para a aplicação de diretrizes de como tratar os idosos nos próprios asilos, em vez de encaminhá-los a hospitais e UTIs. Além disso, orientam a não administração de oxigênio mesmo em casos mais graves da doença.

Segundo o órgão de inspeção sanitária, IVO, após ter recebido 317 notificações desde março, o órgão irá investigar as condições das instituições de longa permanência de idosos e a disponibilidade de oxigênio.

Diretor do Departamento de Gestão do Conhecimento em Saúde do Conselho de Saúde e Bem-Estar, Thomas Lindén, afirmou que o órgão possui “regulamento rígido sobre como tomar a decisão de não oferecer intervenções como transferências para UTIs e CPR [ressuscitação cardiopulmonar]. É preciso o consenso de dois médicos, documentação em histórico médico e comunicação ao paciente (e familiares)”.

Em resposta ao Uol sobre a transferência para hospitais ou UTIs, Lindén afirmou que os médicos devem decidir cada caso individualmente.