A partir de outubro, os suecos deixarão de ser obrigados a reciclar roupas, apesar de uma regulamentação europeia nesse sentido, pois os centros de tratamento de resíduos têxteis estão sobrecarregados, anunciou o governo nesta quinta-feira (17).
A decisão, que entrará em vigor em 1º de outubro, ocorre após a União Europeia (UE) impor aos países-membros a obrigação de ter um sistema de reciclagem têxtil separado, juntamente com os processos já existentes para vidro, papel e resíduos orgânicos.
O objetivo é promover uma gestão circular de resíduos, onde os têxteis sejam classificados e reutilizados ou reciclados como material de enchimento, isolamento ou materiais compostos.
Mas os centros de reciclagem na Suécia e em outros países têm dificuldades em lidar com o aumento resultante. “Desde o início do ano, a quantidade de resíduos têxteis coletados aumentou consideravelmente, e com isso os custos de classificação”, indicou o governo sueco em um comunicado.
Uma nova norma definirá quais têxteis devem ser classificados e quais podem ser descartados diretamente no lixo, como meias rasgadas, tecidos manchados e roupas excessivamente desgastadas, explicou a ministra do Meio Ambiente, Romina Purmokhtari, aos jornalistas.
A Humana Sverige, uma organização que coleta e vende roupas usadas, afirmou à AFP nesta quinta-feira que “a quantidade de têxteis recebidos aumentou drasticamente”.
A organização informou que fechará 600 de seus 1.300 pontos de coleta para limitar o fluxo. “É impossível para nós lidar com tudo”, explicou.
O problema não se limita à Suécia. “As roupas danificadas são enviadas a centros de classificação na Europa, mas todo o setor está sobrecarregado devido a essa regulamentação”, acrescentou a Humana Sverige.
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