A Associação Sueca de Futebol (SvFF, na sigla em sueco) cancelou nesta quarta-feira um período de treinamentos que a seleção masculina da Suécia faria em janeiro do próximo ano no Catar, devido à pressão dos clubes do país europeu devido ao desrespeito aos direitos humanos na sede da Copa do Mundo de 2022.

O anúncio da suspensão do período de atividades no território catariano foi feito apenas um dia depois que a entidade divulgou a programação da seleção nacional para o início do próximo ano.

O objetivo da federação, segundo afirmou o secretário-geral Hakan Sjöstrand, era aproveitar a oportunidade

esportiva e também buscar influenciar na questão dos direitos humanos no Catar. O presidente do AIK, Robert Falck, um dos principais clubes da elite do futebol sueco, classificou a ideia como “estupidez”.

A Associação de Clubes Profissionais da Suécia, que reúne os 32 participantes da primeira e segunda divisões do país, manifestou repúdio à decisão de levar a seleção para um período no Catar por conta própria.

O presidente da entidade, Jens T. Andersson, destacou que no emirado, segundo um relatório apresentado por várias ONGs meses atrás, morreram 6,5 mil operários estrangeiros durante a construção de estádios para a Copa do Mundo de 2022.

O debate sobre os direitos humanos no Catar acontece desde o anúncio do país como sede da competição. Recentemente, na Noruega, foi debatida a possibilidade de um boicote ao Mundial, ideia que acabou sendo descartada posteriormente.