A Suécia, por enquanto bloqueada às portas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), está disposta a acolher bases temporárias da aliança em seu território antes mesmo de sua entrada efetiva – anunciou o primeiro-ministro Ulf Kristersson nesta sexta-feira (9).

“O governo decidiu que as Forças Armadas suecas poderiam realizar preparativos com a Otan e os países da Otan para permitir futuras operações conjuntas”, disse o líder conservador Ulf Kristersson com seu ministro da Defesa, Pål Jonson, ao jornal Dagens Nyheter.

“Esses preparativos podem consistir na instalação temporária de equipamentos e de pessoal estrangeiro em território sueco”, especificaram.

“A decisão envia uma mensagem clara à Rússia e fortalece a defesa da Suécia”, insistiram.

A presença de tropas da Otan também funcionaria como uma força de garantia contra uma possível operação, ou tentativa de interferência russa do outro lado do mar Báltico.

Com “status” de “convidada” desde 2022, a Suécia tem sua adesão ratificada por 29 membros da Aliança Atlântica, mas faltam Turquia e Hungria.

Somente membros plenos se beneficiam da proteção do Artigo 5 da organização, o que significa que um ataque contra um deles é considerado um ataque contra todos os membros da aliança.

A Turquia exige a extradição de dezenas de ativistas que, segundo Ancara, são “terroristas”. O governo sueco alega que não pode atender a esses pedidos, pois dependem de tribunais independentes.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, principal obstáculo à adesão sueca, ainda não se pronunciou sobre a questão desde sua reeleição no final de maio.

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