O Sudeste do Brasil é a região com a menor proporção de homens comparado à quantidade de mulheres do País, revelou o levantamento de identificação étnico-racial, por sexo e idade do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A chamada razão de sexo, número de homens para cada 100 mulheres, é de apenas 92,9 no Sudeste. Depois, em ordem crescente, vem o Nordeste, com 93,5 homens a cada 100 mulheres; o Sul (95); o Centro-Oeste (96,7); e a região Norte, com a maior proporção relativa de homens, 99,7 a cada 100 mulheres. Na média, o país tem 94,2 homens para cada 100 mulheres, indicou o Censo de 2022.

No comparativo por cor ou raça, a categoria que tem menos homens por mulher é a população amarela (89,2); seguida da branca (89,9); parda (96,4); indígena (97,1); e preta, com 103,9 homens a cada 100 mulheres, sendo esta a única categoria em que o número de pessoas do sexo masculino supera o do sexo feminino.

Cruzando os dados, o IBGE aponta que a população preta na região norte é a mais marcada pela presença masculina, com 122,1 homens para cada 100 mulheres. No extremo oposto, a população amarela do Nordeste é a que tem a menor quantidade relativa de homens, 73,8 a cada 100 mulheres.

Questionados sobre o significado mais amplo da razão de sexo, os técnicos do IBGE sugeriram que movimentos demográficos regionais e outros fenômenos podem estar por trás de cada situação, mas qualquer inferência requer análises ulteriores, as quais o Censo por si só não abarca.